Isso é muito sério! E parece que é uma novela que terá muitos e muitos capítulos. A General Motors foi acusada por senadores dos EUA, de comportamento “criminoso” por ter convocado atrasadamente milhões de veículos que tinham uma peça defeituosa. Tal problema causou, segundo a imprensa internacional, 13 casos fatais.
No segundo dia da audição da presidente executiva da GM, Mary Teresa Barra, a senadora Kelly Ayotte, republicana eleita pelo Estado do New Hampshire, EUA, disse: “Para mim, isto é criminoso. É uma cegueira criminosa”. O multi-midia Michael Moore já veio pedir a pena de morte para os dirigentes da General Motors, em artigo de opinião publicado no site do diario americano Huffington Post.
Durante a audição de Barra, o senador democrata Richard Blumenthal, Connecticut, afirmou:“Quanto mais ouço e mais vejo estes documentos, mais fico convencido que a GM se sujeita a processos penais”, referindo-se aos e-mail do conglomerado americano correio que mostram que o grupo estava ciente do problema. Blumenthal já se tinha dirigido na semana passada à GM em termos violentos e reclamado a constituição do pais de um fundo para as vítimas.
Ontém, quarta-feira dia 2 de abril, outros senadores se juntaram as suas vozes de Blumenthal, como a democrata Claire McCaskill, do Missouri, que acusou a GM de ter instalado “uma cultura de dissimulação”. Os senadores questionaram assim a promessa de transparência de Barra, admirando-se por ainda não ter havido demissões, apesar dos problemas revelados por este assunto.
Na quarta-feira, Barra manteve as suas posições, prometendo partilhar as conclusões do seu inquérito interno. “Quero perceber porque não foi feito nada”, disse, no segundo e último dia da sua audição no Congresso. O caso da GM é o seguinte: de meados de fevereiro e fim de março, a GM chamou 2,6 milhões de Chevrolet Cobalt, Pontiac 5, Saturn Ion, Saturn Sky e Solstice produzidos entre 2003 e 2011, por uma falha que impedia a abertura dos airbags.
Este defeito foi associado a cerca de 30 acidentes que causaram a morte a 13 pessoas, segundo uma estatística da própria GM, o que lhe valeu inquéritos por parte de Departamento de Justiça, da agência federal de segurança rodoviária (NHTSA, na sigla em inglês) e do Congresso. Desde janeiro, a GM chamou quatro milhões de outros modelos por diferentes problemas técnicos.