No circuito de Monza o piloto brasileiro anuncia que deixa a F-1. Lewis Hamilton faz largada ruim, mantém a liderança, e a diferença para Rosberg agora é só de dois pontos
A mítica pista de Monza foi o local escolhido por Felipe Massa (Williams) para anunciar que não corre mais na F-1, a partir de 2017.
O brasileiro permaneceu 15 anos na maior categoria do automobilismo mundial. Contratado da Ferrari, iniciou na Sauber, fez uma temporada como piloto de testes na escuderia italiana, voltou para a Sauber e com saída de Rubens Barrichello, assumiu a vaga de segundo piloto, no time que tinha Michael Schumacher.
Quando o alemão decidiu se aposentar, Massa teve oportunidade de brilhar. Em 2008 chegou ao GP do Brasil com uma pequena chance de ser campeão. Precisava vencer e torcer para Hamilton, na época defendendo a McLaren, chegar abaixo do quinto lugar.
Ele venceu, mas o inglês, na subida do café, ultrapassou Timo Glock da Toyota que estava sem pneus. Sobrou para Massa um frustrante vice-campeonato.
No ano seguinte (2009), sofreu um acidente inusitado, foi atingido por uma mola que soltou do carro de Rubens Barrichello nos treinos para o GP da Hungria.
Depois disso não conseguiu mostrar mais a garra que tinha no inicio de carreira. Mesmo assim permaneceu na Ferrari até o final da temporada 2013.
Em 2014 iniciou sua trajetória na Williams. As novas regras e o novo motor fizeram o brasileiro conquistar alguns pódios e uma pole. Mas este ano, o último de contrato com a equipe inglesa, não está sendo nada fácil. O carro não evoluiu, passaram para a quarta força da categoria e disputam com a Force India para se manter entre as quatro melhores.
Sem perspectivas de conseguir um carro melhor (há rumores de que a Renault ofereceu uma vaga, pois precisa de um piloto experiente para acertar seus carros, mas com salário bem abaixo do atual), Massa resolveu abandonar a F-1. Não falou de futuro, só deixou no ar que não pretende parar de correr. Onde? O futuro dirá.
Fica aqui os votos de boa sorte ao brasileiro que conseguiu uma façanha, defender a equipe mais adorada do mundo, a Ferrari, e conquistou a admiração de torcedores no mundo todo.
Também ajudou a Williams a renascer e voltar a figurar entre os times grandes.
Não ganhou títulos, mas mostrou-se um bom piloto, não excepcional, e sim um bom piloto!
Clima de despedida para o brasileiro e de favoritismo para Lewis Hamilton, o inglês fez a pole com meio segundo em cima do companheiro Nico Rosberg.
Só que na largada vacilou e caiu para a sétima posição. Fez corrida de recuperação, aproveitou as paradas para troca de pneus e terminou na segunda colocação.
Como Rosberg venceu, Hamilton continua líder, porém, a diferença para o alemão é só de dois pontos.
No mais deu a lógica, a Ferrari de Sebastian Vettel foi a terceira colocada e a de Kimi Raikkonen chegou na quarta colocação.
Felipe Massa partiu da 11ª posição e terminou em 9°. E Felipe Nasr envolveu-se em um acidente com Jolyon Palmer (Renault) e abandonou a prova.
Marcaram pontos no GP de Monza
- Nico Rosberg
- Lewis Hamilton
- Sebastian Vettel
- Kimi Raikkonen
- Daniel Ricciardo
- Valtteri Bottas
- Max Verstappen
- Sergio Perez
- Felipe Massa
- Nico Hulkenberg
Mundial de pilotos
- Lewis Hamilton- 250
- Nico Rosberg- 248
- Daniel Ricciardo- 161
- Sebastian Vettel- 143
- Kimi Raikkonen- 136
- Max Verstappen- 121
- Valtteri Bottas- 70
- Sergio Perez- 62
- Nico Hulkenberg -46
- Felipe Massa- 41
Daqui a duas semanas, dia 18/09, a F-1 estará em Cingapura. Hamilton precisa abrir o olho e não errar, se Rosberg chegar na frente ele perde a liderança. E a Mercedes não tem bom histórico nesta pista.
Rapidinhas
Coração italiano
Nico Rosberg é alemão, mas fez a torcida vibrar com sua vitória. Os fanáticos italianos invadiram a pista e fizeram a festa.”Foi uma grande largada e, por conta disso, consegui vencer. Sinto que uma parte de mim é italiana, porque cresci muito próximo da cultura”, falou o vencedor.
Massa com dificuldades
Mais uma vez o brasileiro Felipe Massa sofre com os pneus. “No começo e no meio, quando eu estava com os pneus macios, eu sofri bastante com o carro. O ritmo era diferente daquilo que eu esperava com esse tipo de composto, até em comparação com os outros carros”, declarou depois da prova.
Na direção certa
A Ferrari sempre foi favorita no circuito de Monza, mas perdeu a mítica. Este ano não foi diferente, conquistaram apenas a terceira e quarta colocação. “Terceiro e quarto não é o que nós estávamos procurando, mas foi o que conseguimos capitalizar. Parece que estamos indo na direção certa outra vez”, comentou Kimi Räikkönen.