Com o titulo definido restando saber quem será o vice, equipes e pilotos preocuparam-se em somar pontos, sem dar atenção para competividade
Depois de 20 anos o circo da F-1 voltou ao México e quem esperava uma corrida repleta de emoções decepcionou-se, isso porque, as Mercedes sobraram.
Lewis Hamilton, com o terceiro titulo no bolso, não fez muito para impedir a pole e a vitória de Nico Rosberg, esse sim tem porque brigar, afinal estava na terceira posição e a sua frente, nada mais nada menos que o tetracampeão Sebastian Vettel, pilotando uma Ferrari, a equipe que mais evoluiu nesta temporada.
A condição de pontuar a qualquer custo ficou evidente nos treinos classificatórios. Rosberg com o pole, Hamilton em segundo, Vettel em terceiro. Como as condições da pista favoreciam os carros com melhor acerto aerodinâmico, os pilotos da RBR Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo marcaram a quarta e quinta colocações, enquanto que os da Williams, Valtteri Bottas e Felipe Massa na sexta e sétima posições.
Dada a largada, diferente do que aconteceu nos EUA, o inglês não esboçou reação e deixou o alemão ir pra frente. Até parece que serviu de escudeiro, para não deixar Vettel aproximar-se.
Massa conseguiu uma excelente largada, porém o companheiro finlandês, não tirou o pé, foi para o tudo ou nada e manteve-se na frente. O ímpeto dele foi tão grande que mais a frente, na volta 23, bateu rodas com o compatriota da Ferrari Kimi Raikkonen e tirou o rival da prova, já que a suspensão traseira do carro vermelho quebrou.
Daí pra frente o que se viu foi uma corrida morna. Vettel, talvez pressionado pelo nervosismo, errou muito. Saiu da pista várias vezes o que o deixou fora da briga por pontos e abandonou a corrida.
Melhor para os outros adversários, Bottas conseguiu chegar na terceira colocação, seguido por Kvyat, Ricciardo e Massa. O brasileiro da Williams não encontrou o acerto ideal para a pista mexicana e brigou com o carro durante todo o fim de semana.
O outro Felipe, o Nasr da Sauber, também não se encontrou. Nem nos treinos ou na corrida, abandonou e não pontuou.
Marcaram pontos no GP do México
- Nico Rosberg
- Lewis Hamilton
- Valtteri Bottas
- Daniil Kvyat
- Daniel Ricciardo
- Felipe Massa
- Nico Hulkenberg
- Sergio Perez
- Max Verstappen
- Romain Grosjean
No campeonato, Hamilton soma 345 pontos, Rosberg 272 e Vettel 251 pontos. Massa é o sexto com 117, enquanto que Bottas está em quarto com 126 pontos e Nasr estacionou na 13ª colocação com seus 27 pontos.
A competição de construtores tem a Mercedes com 617 pontos na primeira posição, seguida pela Ferrari que tem 374 e a Williams é a terceira, soma 243 pontos.
A próxima etapa será no Brasil, dia 15 de novembro em Interlagos. Quem sabe um relaxamento do time da Mercedes, já que eles não têm muito mais o que fazer na competição, e aquela chuva que sempre aparece no autódromo de São Paulo, auxiliem Massa a conquistar uma vitória? Sonhar não paga imposto.
Rapidinhas
Sem correr riscos
Na parada para troca de pneus, Hamilton assumiu a ponta da corrida. Mas foi chamado para uma segunda troca, a qual não precisava. Ele questionou o time, pois esta troca fez perder a primeira posição. “Não teve risco, eu não tinha nada a perder. Vencemos o Mundial de Construtores, então me deixem arriscar. Mas fizemos o que fizemos e ainda conseguimos uma dobradinha, então está bom”, afirmou o inglês.
Não foi tão bom
O brasileiro Felipe Massa fez uma corrida regular, terminou em sexto, enquanto que o companheiro Bottas subiu no pódio. Segundo ele, os culpados foram os pneus. “Fizemos uma boa corrida. Infelizmente acabei usando demais o pneu duro e sofri no final. Perdi uma ultrapassagem por causa disso. Se eu tivesse parado talvez duas voltas antes, com o safety car, talvez ganhasse as posições. Mas marcamos pontos, a briga com a Red Bull continua boa. Para a equipe, foi um resultado positivo. Para mim, um pouco menos”, declarou na entrevista coletiva.
Fica ou não fica?
A RBR iniciou uma guerra contra a Renault. Destratou a fornecedora publicamente, acusou os franceses de serem os responsáveis pelo desempenho ruim do time. Foi atrás da Mercedes, Ferrari e Honda, que negaram fornecimento de propulsores para a próxima temporada. Ai ameaçou deixar a categoria, porém, como há muito dinheiro em jogo, já fala em utilizar os motores Renault em 2016, sem o nome da marca. E isso resolve o quê?