Na Europa, indústria de veículos comerciais pretende utilizar caminhões cada vez maiores para reduzir CO2.
“Caminhões longos são um instrumento especialmente importante para atender as metas climáticas da União Europeia (EU) previstas para o transporte rodoviário de cargas”, disse Matthias Wissmann, presidente da Associação Alemã da Indústria Automotiva (VDA) na abertura da 65ª IAA, o Salão de Hannover, na Alemanha, em 24/09. “Para atingir a ambiciosa meta da UE de reduzir em 20% até 2030 os níveis de CO2 dos veículos comerciais, é preciso inovar. Por isso, novos projetos de caminhões longos projetam economias de até 25% no consumo de combustível. Eles são, portanto, verdadeiros eco-caminhões”, acrescentou Wissmann.
O presidente da VDA enfatizou que a indústria de veículos comerciais já desejava utilizar caminhões longos para reduzir as emissões de poluentes. Testes de campo com caminhões longos foram iniciados em 2012, e 39 transportadoras já participaram utilizando cerca de 80 veículos. O Instituto de Pesquisa Rodoviária Federal da Alemanha recentemente apresentou os resultados do programa científico de acompanhamento. “Este relatório elimina todas as dúvidas remanescentes sobre caminhões longos”, declarou Ulrich Schöpker, vice-presidente da VDA e membro do conselho da fabricante de reboques Schmitz Cargobull. “Fundamentalmente, caminhões longos não competem com o transporte ferroviário, pois ambos poderão trabalhar de forma integrada. Os veículos estão sendo usados de forma segura no trânsito rodoviário, e a infraestrutura não estará sujeito a maiores cargas”, disse Schöpker.
Wolfgang Bernhard, membro do Conselho de Administração da Daimler AG, apelou como é necessário facilitar a introdução dessa nova tendência. “Dois caminhões longos podem fazer o trabalho de três veículos convencionais, e isto reduziria a quantidade de tráfego, aliviando a pressão sobre a infraestrutura e o meio ambiente. Sem os caminhões longos, nós nunca iremos conseguir economias semelhantes – de até 20% na redução do consumo de combustível – com outras tecnologias”, ressalta Bernhard.
ZF apresenta o sistema CDC para veículos comerciais no IAA
Sistema de amortecimento controlado oferece maior conforto ao dirigir, especialmente com grande flutuação de cargas no eixo.
A ZF apresenta na IAA 2014, Salão de Hannover que segue até 02/10, uma versão aplicada em apenas um eixo de seu comprovado sistema de Controle de Amortecimento Contínuo (CDC) para ônibus e veículos comerciais. Adequado para eixos de veículos com grande flutuação de carga, o CDC 1XL melhora o conforto ao dirigir, além de elevar a proteção à carga e à superfície das estradas, especialmente quando o veículo está parcialmente carregado. Ao mesmo tempo, o conceito simplificado reduz consideravelmente os custos do sistema.
O CDC adapta de maneira suave a força de amortecimento às condições de condução, solucionando o “clássico” conflito entre uma configuração firme do chassi (feita com foco na segurança) e a adoção de um ajuste macio e confortável. A unidade de controle eletrônico (ECU) da ZF controla com precisão os amortecedores CDC. Em situações perigosas, o CDC posiciona a curva característica de amortecimento em frações de segundos, melhorando significativamente a manobra e a segurança. Desta forma, reduz notavelmente os movimentos da carroceria que é produzida durante a operação.
A solução de eixo único é uma versão otimizada em termos de custos do sistema de amortecimento CDC. Com o CDC 1XL, a ZF oferece um sistema integrado e completo de amortecimento de caminhões, composto pelos consagrados amortecedores CDC, sensores integrados e uma unidade de controle. Isso foi fruto da combinação de dois elementos da ZF, que são a sua vasta experiência no segmento de veículos de passageiros com os grandes conhecimentos na área de tecnologia de chassi de veículos comerciais.
Graças ao conjunto de sensores integrado à eletrônica, o CDC 1XL não requer principalmente os sensores externos. Como resultado, o chicote e a complexidade de instalação são consideravelmente reduzidos, e ao mesmo tempo, a modernização do sistema ganhou custos mais acessíveis.
Mauro Cassane/MM Editorial