Indústria produz 97 mil motocicletas em julho e faz adequações para atender à demanda

No varejo, a média diária de vendas tem crescimento quinzenal constante desde o final de maio

A indústria brasileira de motocicletas registrou em julho 97.920 unidades produzidas no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo. O volume produzido em julho corresponde a uma alta de 25,3% em relação a junho do presente ano (78.130 unidades) e crescimento de 6,8% ante o total do mesmo mês do ano passado (91.713 unidades).

“Esses números representam um alívio diante da situação enfrentada até o momento com os impactos da pandemia da covid-19, pois mostram uma curva ascendente de produção, com recuperação gradativa dos volumes nas fábricas”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

No acumulado de janeiro a julho foram fabricadas 490.137 motocicletas, significando, no entanto, uma redução de 22,1% na comparação com o mesmo período de 2019 (628.818 unidades).

“O setor ainda enfrenta um desequilíbrio entre oferta e demanda em relação a determinados modelos de motocicletas, porque as fábricas tiveram quase dois meses de paralisações em função das medidas adotadas para a prevenção ao contágio e, a partir daí, passaram a realizar ajustes necessários para a adequação da produção”, explica Fermanian.

As fábricas venderam no atacado – para as concessionárias –  91.454 motocicletas em julho, volume que correspondeu a um crescimento de 20% em relação ao mês anterior (76.189 unidades) e alta de 4,8% ante julho do ano passado (87.240 motocicletas).

No acumulado do ano as vendas no atacado somaram 468.573 unidades, significando uma queda de 23,9% na comparação com o mesmo período de 2019 (616.133 unidades).

Em julho a categoria Sport foi a que registrou maior crescimento em termos de variação porcentual. Foram comercializadas 664 unidades, volume 42,5% superior ao registrado no mês anterior (466 unidades). Na comparação com julho do ano passado (329 unidades), houve uma alta de 101,8%.

Em números absolutos a Street se manteve como a categoria mais comercializada no atacado, com 50.393 unidades em julho, aumento de 22,4% na comparação com o mês anterior (41.177 unidades) e de 12% em relação a julho do ano passado (45.009 unidades).

O comparativo de evolução das vendas mensais no atacado, por categoria, está apresentado a seguir:

COMPARATIVO DE VENDAS DE MOTOCICLETAS NO ATACADO

MENSAL POR CATEGORIA

  Julho/19 Junho/20 Julho/20 Julho/20 x

julho/19

Julho/20 x

junho/20

STREET 45.009 41.177 50.393 12,0% 22,4%
TRAIL 18.228 14.044 16.075 -11,8% 14,5%
MOTONETA 11.115 12.714 15.724 41,5% 23,7%
SCOOTER 7.595 3.576 4.664 -38,6% 30,4%
NAKED 1.997 1.482 1.535 -23,1% 3,6%
BIGTRAIL 1.348 1.475 1.633 21,1% 10,7%
OFF-ROAD 1.076 404 287 -73,3% -29,0%
CUSTOM 543 851 479 -11,8% -43,7%
SPORT 329 466 664 101,8% 42,5%
TOTAL 87.240 76.189 91.454 4,8% 20,0%

                       Fonte: Associadas da Abraciclo

No acumulado do ano a Street seguiu como a categoria líder no Brasil, com 244.622 unidades e 52,2% de participação no total. Na sequência vieram a Trail com 85.910 unidades e 18,3% de participação e a Motoneta, com 70.913 unidades e 15,1% de participação.

Em julho os emplacamentos cresceram na comparação com junho do presente ano. Segundo levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) analisado pela Abraciclo, foram licenciadas 85.148 motocicletas, correspondendo a uma alta de 85,7% na comparação com junho (45.855 unidades) e recuo de 5,4% em relação a julho de 2019 (90.048 unidades).

A média diária de vendas em julho, que teve 23 dias úteis, foi de 3.702 unidades, indicando um crescimento de 61,4% na comparação com junho do presente ano (2.293 unidades/dia e 20 dias úteis). Em relação a julho de 2019 (3.915 unidades/dia), que também teve 23 dias úteis, houve um recuo de 5,4%.

“Ao avaliar o desempenho do mercado pela média diária de vendas de cada quinzena de março a julho, verifica-se um crescimento constante e, portanto, consistente, desde o final de maio até os dias atuais. Esta evolução decorre da retomada dos níveis de produção das fábricas e, simultaneamente, da flexibilização e expansão das atividades comerciais nas cidades brasileiras”, explica Fermanian.

Confira as médias diárias de vendas por quinzena desde o início do ano até julho:

 

Artigos relacionados

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

- Advertisement -spot_img

artigos recentes