Indústria produz mais de 145 mil motocicletas em agosto e atinge o melhor resultado mensal do ano

Alta é de 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado; No acumulado do ano, foram fabricadas quase 922 mil unidades

As fabricantes de motocicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) atingiram o melhor desempenho do ano. O levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, revela que foram produzidas 145.852 unidades em agosto, volume 17,9% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (123.722 motocicletas) e 39,2% maior na comparação com julho (104.776 unidades). Ainda segundo a associação, esse é o melhor resultado para o mês desde 2013, quando 157.854 motocicletas saíram das linhas de montagem.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o setor mantém um ritmo forte de produção. “As fabricantes seguem operando conforme o planejado. Em agosto, tivemos um mês cheio de produção, que deverá refletir nas vendas no varejo em setembro”, analisa.

Fermanian explica que o consumidor brasileiro tem optado cada vez mais pela motocicleta. “Muitas pessoas não querem mais ficar paradas nos congestionamentos dos grandes centros urbanos. Há, ainda, o custo de manutenção. Os gastos com um modelo de baixa cilindrada ou uma scooter são bem menores do que a despesa com qualquer outro meio de transporte”, e enfatiza: “O consumidor quer um veículo ágil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção. A motocicleta se encaixa perfeitamente nessas exigências”.

Diante desse cenário de alta demanda pelo modal, a indústria produziu 921.921 motocicletas no acumulado do ano, o que corresponde a uma alta de 17% na comparação com o mesmo período de 2021 (787.810 unidades). Esse é o melhor desempenho do setor desde 2014, quando foram produzidas 1.038.714 motocicletas.

Apesar do crescimento expressivo alcançado mês a mês, a Abraciclo mantém a projeção de produzir 1.320.000 motocicletas, o que representa uma alta de 10,5% na comparação com 2021.

Em agosto, foram emplacadas 118.545 motocicletas, aumento de 15,7% em relação ao mesmo mês de 2021 (102.463 unidades) e de 10,3% na comparação com julho (107.499 motocicletas). Assim como a produção, esse foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013 (129.050 unidades).

A Street liderou o ranking de licenciamentos, com 57.791 motocicletas emplacadas e 48,8% de participação no mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (22.637 unidades e 19,1% dos emplacamentos) e em terceiro, a Motoneta (17.844 motocicletas e 15,1%).

De acordo com dados da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada foram as mais licenciadas em agosto. No total, os emplacamentos totalizaram 96.111 unidades, o que corresponde a 81,1% do mercado. Na sequência, ficaram os modelos de 161 a 449 cilindradas que tiveram 17.690 motocicletas emplacadas (14,9% do mercado). Em terceiro lugar, vieram as motocicletas acima de 450 cilindradas (4.744 unidades e 4%).

Com 23 dias úteis, a média diária de vendas foi de 5.154 motocicletas. Na comparação com agosto do ano passado, que teve um dia útil a menos, foi registrado crescimento de 10,7% (4.657 unidades vendidas/dia). Já em relação ao mês anterior, com 21 dias úteis, houve um pequeno aumento, de 0,7% (5.119 motocicletas/dia).

De janeiro a agosto, os licenciamentos somaram 862.609 unidades, crescimento de 17,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (732.155 motocicletas). Esse é o melhor resultado desde 2014, quando foram emplacadas 949.921 unidades.

Em agosto, a região Sudeste foi a que mais emplacou motocicletas. Foram licenciadas 45.944 motocicletas, o que corresponde a 38,8% do mercado. Em segundo lugar, ficou o Nordeste (34.405 unidades e 29%). Na sequência, vieram o Norte (15.267 motocicletas e 12,9%), Centro-Oeste (11.511 unidades e 9,7%) e Sul (11.418 motocicletas e 9,6%).

As três primeiras posições no ranking do acumulado do ano foram mantidas: Sudeste (334.868 unidades e 38,8% do mercado), Nordeste (254.903 motocicletas e 29,6%) e Norte (105.434 unidades e 12,2%). Em quarto lugar, ficou o Sul (85.243 motocicletas e 9,9%) e em quinto, o Centro-Oeste (82.161 unidades e 9,5%).

As associadas da Abraciclo exportaram 7.807 motocicletas em agosto. O volume é 39,2% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (5.607 unidades) e 57,3% maior às 4.962 motocicletas embarcadas para o mercado externo em julho.

De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal mercado, com 1.436 motocicletas e 25,7% do volume total exportado. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar (1.386 unidades e 24,8% das exportações), seguidos pelo Canadá (926 motocicletas e 16,6%).

“Os modelos Off-Road, de alto valor agregado, representaram 54,6% das exportações e foram destinados para os mercados americano e canadense, altamente exigentes. Isso mostra o quanto a motocicleta produzida no Brasil é tecnológica e está alinhada com as principais demandas globais”, afirma Fermanian.

No acumulado do ano, foram exportadas 37.884 motocicletas, volume muito próximo ao embarcado no mesmo período de 2021 (37.893 unidades).

Ainda segundo dados do Comex Stat, analisados pela Abraciclo, a Colômbia também liderou o ranking dos países que mais receberam motocicletas. No total, foram enviadas 10.564 unidades, o que representa 30,1% do volume total exportado. Na sequência, ficaram a Argentina (8.126 motocicletas e 23,2% das exportações) e os Estados Unidos (6.800 unidades e 19,4%).

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