Lançamento: a elegante e robusta picape Nova Nissan Frontier

A nova Nissan Frontier, chega a sua 12ª geração,  8ª na América Latina.

A Nissan patrocinou os jogos olímpicos e paraolímpicos Rio 2016, fazendo acender os holofotes para a marca em grande escala. Ganhou o prêmio de marca destaque 2016 pelo L`auto Preferita do renomado Jornalista Cláudio Carsughi. Desfilou na avenida pela quarta vez, no carnaval do Rio 2017 pela Acadêmicos do Salgueiro. Esta prestes a iniciar a montagem do sucesso de vendas, o Nissan Kicks, em Resende-RJ. Em resumo, a Nissan é sem duvida a marca com maior destaque hoje no mercado automotivo e parece não parar por ai, pois na apresentação da nova Frontier, seu executivo confirmou que continuarão acelerando em 2017, assim como fizeram em 2016.

Falando sobre a nova e totalmente nova Nissan Frontier que já esta a venda em todas concessionárias Nissan, é necessário esclarecer sobre o ocorrido na pista de testes de treinamento dos concessionários onde numa manobra em “x”, a picape veio a tombar ficando com as rodas para o céu. O acidente aconteceu por um erro técnico do instrutor de treinamento e nada tem a haver com a capacidade da picape, pois a mesma já tinha feito a passagem por aquele mesmo trecho varias vezes. Errar ainda é humano e não foi diferente neste caso.

Vamos começar pelo design externo que é de chamar a atenção por onde passa. Muitos dizem que as picapes estão cada dia mais parecidas umas com as outras e eu discordo. A nova Nissan Frontier é a prova disso, com um visual bem robusto, com grandes ressaltos no capô que aparentam um tamanho maior que o real. A assinatura do design da marca aparece em itens como a grade “V Motion” e os faróis em formato de bumerangue – tem 5,25 m de comprimento, 1,75 m de altura e 1,85 m de largura total. Diminuiu o entre-eixos em 50 mm, aumentou em comprimento 20 mm e 75 mm na altura. Os faróis são em LED com acionamento automático do DLR (faróis de rodagem diurnas).

Na caçamba o protetor tem ótimo revestimento com a tecnologia Rhino Linings, que confere maior resistência a riscos e anti-deslizamento, conferindo um visual de qualidade. Possui 4 alças ajustáveis para amarração de cargas, chamado de “Nissan C-Channel” proporcionando flexibilidade de ajuste da carga, principalmente para as de formato irregular. O comprimento máximo da caçamba é de 1.519 mm, a largura atinge 1.560 mm e a altura, é de 473 mm. Tem ainda um útil ponto 12v protegido da chuva. Na traseira possui câmera de ré e também sensor de estacionamento, pois foi identificado pela marca que para quem usa o veiculo em situações de poeira, a câmera por muitas vezes fica comprometida, criando assim redundância necessária para maior segurança.

Os retrovisores possuem resistência contra choque reverso, por exemplo, se atingido por uma motocicleta no transito.

Mais um ponto positivo é a questão das rodas serem aro 16″, fugindo do padrão atual de 17″, 18″ e até 20″, o que compromete em segurança, além do custo e facilidade de troca de pneus. Para quem quer colocar pneus maiores, AT ou mud em aros maiores que 16″, além de muito mais caros ainda existe a dificuldade de encontrá-los por aqui.

O bloqueio de diferencial traseiro esta presente com tecnologia de última geração, que ajuda a aplicar maior força e poder à roda com mais aderência ao pavimento (LSD). O sistema aumenta o controle do veículo, a estabilidade e evita que as rodas patinem. Se perceber que uma das rodas está deslizando, o LSD a freia automaticamente e manda a potência extra às rodas com mais tração.

Por falar em tração, o sistema Shift On The Fly evoluiu e continua presente na Nissan Frontier, com melhorias, inclusive podendo acionar a tração (4H) com o carro em movimento até 100 km/h (antes era até 80 km/h), em qualquer tipo de terreno.

Sobre o motor, confesso que estava curioso, pois tive a oportunidade de avaliar uma concorrente que passou pelo dowsize e achei que ficou muito fraca, mas me surpreendi positivamente, não é o caso da nova Nissan Frontier. Para os que já tiveram a oportunidade de fazer um test-drive na css, devem ter percebido que ficou na medida. Não tem mais aquela estupidez na saída, como no modelo anterior, mas também não ficou “xoxa”. Os dois turbos trabalham em regimes de rotação do motor diferentes para permitir progressividade à aceleração. Assim, o de maior pressão atua junto com o de menor no arranque e trabalha até a rotação estabilizar desligando-se e deixando o de menor pressão sustentando o motor em velocidade de cruzeiro, fazendo o motor ter uma aceleração linear com maior eficiência, inclusive em consumo, onde recebeu nota B do Inmetro. Adicionaram bomba de óleo com controle elétrico de pressão, diminuindo o atrito dos componentes e melhorando a performance em consumo, prometendo vida longa ao motor e seus componentes. O novo cambio de 7 velocidades trabalha em total harmonia com esse 2.3 16V, bi-turbo diesel eletrônico com intercooler e injeção direta com 2.000 bar de pressão, conferindo 190cv, 45,9 kgfm de torque maximo a 2.500 rpm, que traz corrente ao invés de correia. A captação de ar é feita través de duto apoiado sobre o painel frontal lado direito. Como novidade, um botão no lado esquerdo do painel perto da porta do motorista,  permite a regeneração do filtro particulado de diesel (DPF), componente do sistema de escape que vem sempre depois do catalisador e que serve para segurar as partículas características de motores a diesel. Essa limpeza era feita em css e incomoda quem esta sempre na terra com o carro, mas agora ficou muito fácil, é só parar o carro com o motor funcionando e acionar o botão para que a limpeza seja feita e o alerta do painel apagado.

Chassi mais leve e ainda mais reforçado, no formato duplo “C” oferece mais resistência e menor peso, feito com uma peça de aço reforçado para aumentar a durabilidade, quatro vezes mais resistente que o da geração anterior graças às mudanças estruturais. Com oito barras transversais, o chassi conta com um outro sobreposto por dentro com soldas contínuas, solução chamada de “Duplo C”. Dessa forma melhora-se a rigidez da carroceria e evita-se danos causados ​​por fontes externas, ficando ainda mais resistente às tensões de torção tão normais para veículos deste segmento.

Suspensão traseira é um dos fatores mais comentados sobre a nova Nissan Frontier, com a mudança do sistema tradicional de feixe de molas para o sistema multilink (molas helicoidais – única entre os concorrentes diretos) que trabalha em conjunto com um eixo rígido. Ao optar por essa solução, a Nissan quis oferecer um balanço entre o conforto no passeio e alta estabilidade, sem abrir mão das capacidades offroad e no transporte de cargas. São melhorias que estão sendo muito bem vistas principalmente no mundo offroad, pois desta forma, é possível obter maior performance nas trilhas, menos “nheco-nheco” e mais conforto. Feixes de mola é coisa do passado, a maioria dos offroaders que conheço são maiores de 40 anos e as costas já estão cansadas, por isso, esta novidade que a Nissan trás é muito bem vinda, acredito que em breve todas as outras marcas já estarão absorvendo em seus produtos. Além disso, essa suspensão é mais simples na manutenção e oferece maior durabilidade com as mesmas características de capacidade de carga da opção anterior. Outra vantagem é a redução da sensação de flutuação do veículo em velocidade de cruzeiro e no impacto do terreno para o interior. Na suspensão dianteira preserva a já conhecida arquitetura com braço duplo assistido por barra estabilizadora.

A Nova Nissan Frontier foi testada em mais de um milhão de kilometros para superar várias expectativas: passear com a família, superar caminhos com pisos irregulares ou enfrentar trabalhos pesados.

Vamos pular para dentro da cabine agora: as maiores reclamações foram direcionadas para o fato da picape possuir apenas dois air bags frontais exigidos pelas normas brasileiras e o banco traseiro não ter encosto de cabeça e nem cinto de três pontos para o terceiro ocupante, além do porta copos estar posicionado no assoalho onde deveria ser o espaço para os pés do terceiro ocupante. Na minha opinião air bags salvam vidas sim, air bags de cortina são ótimos, mas o mais importante são os frontais, que passaram tardiamente a serem obrigatórios. Sobre o banco traseiro, não acho confortável para 3 ocupantes, mas independente do que eu acho, se o veiculo é para 5 pessoas, deveria ser pensando para tal, oferecendo segurança para todos e foi uma falha a Nissan não ter feito o cinto de três pontos e não ter feito o encosto de cabeça para o terceiro ocupante, espero que resolvam isso o mais breve possível.

O Sistema multimídia instalado na picape é exclusividade para o Brasil, trazendo o que o brasileiro deseja neste tipo de sistema, que se chama “Nissan Muli-App”, trazendo o conceito dos tablets para dentro do carro, usando sistema Android em uma tela de 6,2 polegadas. Operando de forma independente, não necessita do “espelhamento” de um smartphone para levar os itens do aparelho para o carro, como acontece em muitos equipamentos disponíveis no mercado. O sistema oferece a possibilidade de baixar um grande número de aplicativos e transferir arquivos digitais de música e fotografia por conta dos 2 Gb (8 Gb built-in) de espaço disponíveis. Dessa forma, o usuário tem liberdade para personalizá-lo ao seu gosto, instalando como por exemplo: Waze, Spotfy, YouTube e outros, além de poder acessar a internet (por meio da contratação do serviço à parte ou utilizando o smartphone como roteador); conectar o celular para atender ligações por viva-voz (via Bluetooth); ouvir música por meio da conexão com iPod, streaming, rádio ou arquivos digitais de mp3; tocar CDs e DVDs; além de visualizar fotos e vídeos. E todas as funcionalidades podem ser controladas diretamente na tela sensível ao toque.

Falando sobre os bancos “Gravidade Zero” (o mesmo que equipa o Nissan Kicks), que foram inspirados na tecnologia desenvolvida pela NASA para eliminar a fadiga e melhorar o conforto para o condutor, parecem ser mesmo muito eficientes. Viajei um pouco mais de 100 km utilizando estrada de terra, asfalto ruim com muitas curvas, buracos e lombadas e ainda tive a sorte de pegar um temporal na rodovia dos Bandeirantes. O banco não me incomodou em nada, muito eficiente, com cinco ajustes elétricos (para frente, para trás, inclinação, ângulo e altura do assento e lombar). Não tem memória de posição, mas possui aquecimento para o motorista e o passageiro em dois níveis.

A sopa de letrinhas da segurança também está lá, com os controles de tração e estabilidade (VDC – Vehicle Dinamic Control); freios ABS com controle eletrônico de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA); introdução dos controles automático de descida (HDC);  auxílio de partida em rampa (HSA); luz de freio de LED (CHMSL) e luzes diurnas (DRL).

Em relação à geração anterior, a altura do interior da cabine aumentou (874 milímetros), especialmente na segunda fila de bancos, e o espaço entre a cabeça e o teto cresceu, assim nada de cabeçada no teto, comum na maioria das picapes.

O painel de instrumentos com a tecnologia TFT (Thin Film Transitor) é moderno, de fácil visualização e traz diversas funções, assim com o existente no Nissan Kicks. Além de poder visualizar as informações do tacômetro por meio dos comandos localizados no volante, o motorista pode navegar entre nove telas disponíveis, que mostram as informações de funções como computador de bordo, configurações do sistema de áudio e detalhes sobre economia de combustível. Eles também permitem a configuração do controle do chassi e dos sistemas avançados de assistência ao motorista.

 

Itens funcionais: três tomadas de 12V; entradas auxiliares USB, conexão para iPod; Bluetooth, cinco suportes para copos e onze compartimentos para acomodar objetos. Além disso, a Nova Nissan Frontier conta com ar-condicionado digital de duas zonas com saídas traseiras. Os botões de comando na porta não possui iluminação e ainda vem com a arcaica alavanca de freio de mão. O acabamento tem muito plástico, mas firmes e bem acabados.

Considerações finais: a Nissan Frontier chega em apenas uma versão, vinda do México por enquanto. Lá fora ela tem mais airbags, teto solar e outros mimos que a nossa não tem, pelo menos por enquanto. Acredito que em breve teremos novidades de outras opções com mais e também com menos, inclusive opção cabine simples diesel, 4×4. Por enquanto o que temos é um produto bem acabado, pensado em resistência, conforto e atender o maior numero de necessidades dos clientes. O preço é de R$ 166.700,00 na cor sólida. Vamos receber uma unidade para avaliação e  faremos testes mais aprofundados para esclarecer o que de fato faz ou não diferença no dia a dia. Algo que não posso deixar de informar é que a Nissan apresentou um sistema de revisão de preço fixo para até 60.000 km, com preços abaixo da concorrência, inclusive de peças com preços muito mais acessíveis e já com estoque disponível. Por exemplo: uma lanterna traseira custa R$ 345,00, metade do preço médio das concorrentes. Para as revisões, já com a mão de obra inclusa para os 60.000 km será um total de R$ 5.250,00, sendo todas de 10 em 10 mil kilometros, com três de 595,00 e as outras três de 1.155,00 todas intercaladas. Cada um tem uma necessidade, mas acho difícil a nova Nissan Frontier não conseguir atender. A nova Nissan Frontier certamente iria para a garagem de Super Top Motor.

 

 

Texto: Flávio Verna

Fotos: Flávio Verna e divulgação

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