Especialista discorre sobre como a manutenção automotiva contribui para a segurança no trânsito
Fator crucial para garantir a segurança no trânsito, a manutenção automotiva ainda hoje é negligenciada por muitos motoristas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as falhas ou defeitos mecânicos estão entre as principais causas de acidentes de trânsito no país.
Para diminuir essas estatísticas, a manutenção preventiva é fundamental, já que falhas ou defeitos mecânicos podem ser evitados com revisões periódicas, sejam elas programadas por quilometragem ou por tempo de uso do veículo.
Além de evitar um maior desgaste das peças do veículo e gerar quebras, momento em que a manutenção passa a ser corretiva, a revisão regular evita riscos de acidentes. Um bom exemplo disso é o sistema de freios: caso as pastilhas estejam muito gastas, o tempo de frenagem passa a ser maior, o que pode resultar em colisões que poderiam ser evitadas mantendo a revisão em dia.
Diferença entre as manutenções preventiva e corretiva e o impacto de cada uma delas
As manutenções preventivas e corretivas também diferem entre si. Enquanto as revisões preventivas são planejadas e realizadas de forma periódica com o objetivo de evitar falhas e danos em peças e componentes do carro; a manutenção corretiva é aquela que acontece quando há a necessidade de reparos ou substituição de peças que possam estar desgastadas, quebradas ou com falhas, mas demanda, no entanto, uma parada do carro, deixando-o algumas horas ou dias na oficina. Além disso, se não for realizada, pode piorar a situação do veículo, danificando outras peças e dificultando o conserto. Por isso, se o proprietário do veículo quer economizar, é sempre melhor realizar uma revisão preventiva e identificar e corrigir os defeitos do carro logo que aparecem.
Em uma boa revisão preventiva, são checados itens importantes que compõem o funcionamento padrão do carro, como o nível e o filtro do óleo lubrificante, faróis, pneus, filtros de ar, freios, embreagem, bateria, ar-condicionado, limpadores de para-brisa e demais itens básicos. Assim, outro fator relevante é a contribuição da manutenção preventiva para ampliar a vida útil do automóvel e assegurar a sua boa performance.
Isso porque um motor desregulado e a utilização de lubrificantes inadequados podem gerar maior consumo de combustível, enquanto pneus desalinhados e desbalanceados desenvolvem maior desgaste, além de prejudicar a frenagem em caso de necessidade. Já checar se é necessário trocar o filtro de ar condicionado, por exemplo, é de extrema importância para eliminar sujeiras e microrganismos causadores de doenças respiratórias que podem comprometer a saúde do motorista e dos passageiros do carro.
Outros exemplos de como a má conservação do veículo pode prejudicar a segurança no trânsito são amortecedores com problema, que podem causar o descontrole do automóvel, além de aumentar a distância necessária para que o carro pare após uma frenagem; e ainda luzes de freio ou seta queimadas que podem gerar uma colisão ao frear ou realizar uma conversão sem a sinalização adequada.
A troca do óleo, por sua vez, deve ser checada e realizada de acordo com a necessidade: um lubrificante vencido ou fora do prazo de troca pode causar aquecimento e, consequentemente, falhas no motor, além de ruídos quando o veículo é ligado, assim o motor pode vir a vibrar em marcha lenta e enfraquecer a aceleração do veículo.
Desta forma, o ideal é que a manutenção preventiva seja realizada periodicamente. No caso das trocas de óleo de motor e de transmissão, o manual do veículo é sempre a melhor referência para saber o período indicado para a realização da manutenção preventiva. Já para os outros componentes, as revisões são indicadas a cada seis meses.
A prevenção é a melhor forma de evitar acidentes. Basta, para isso, checar o estado de conservação do veículo e dirigir com cautela, respeito e atenção.
Fonte: Marcelo Martini é Gerente de Vendas do Aftermarket da FUCHS