Mercado: apesar da queda, ANFAVEA projeta crescimento para 2017

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A ANFAVEA –  Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, apresentou apresentou ontem, quinta-feira dia 5 de janeiro, em São Paulo, o balanço final da indústria automobilística brasileira em 2016. Na ocasião a entidade também apresentou suas projeções para 2017.

O licenciamento de autoveículos no ano passado foi de 2,05 milhões de unidades, queda de 20,2% frente as 2,57 milhões de unidades vendidas em 2015. Somente em dezembro – o melhor mês do ano – foram negociadas 204,3 mil autoveículos, crescimento de 14,7% ante as 178,2 mil unidades de novembro e baixa de 10,3% se comparado com as 227,8 mil de dezembro de 2015.

Para Antonio Megale, presidente da ANFAVEA, vários fatores contribuíram para este desempenho: “O primeiro é a confiança em baixa, em razão da instabilidade política vivida pelo País, que fez investidores e consumidores adiarem suas decisões. O segundo é o acesso ao crédito, resultado da conjuntura socioeconômica, que tornou as instituições financeiras muito seletivas na hora da concessão. A consequência disso foi que a participação de vendas financiadas no total do licenciamento nos patamares mais baixos da série histórica”.

Antonio Megale, presidente da ANFAVEA
Antonio Megale, presidente da ANFAVEA

A produção em 2016 foi de 2,16 milhões de unidades – inferior em 11,2% ao se defrontar com as 2,43 milhões de unidades do ano anterior. No último mês do ano as 200,9 mil unidades fabricadas indicam diminuição de 7,1% contra as 216,3 mil de novembro e de expansão de 40,6% quando analisado com as 142,8 mil do mesmo mês de 2015.

Nas exportações o cenário foi de alta: 520,3 mil unidades foram negociadas com outros países, alta de 24,7% sobre as 417,3 mil unidades de 2015. Em dezembro 62,9 mil veículos atravessaram as fronteiras, número 11% maior em relação a novembro, com 56,7 mil unidades, e 36,1% acima ante as 46,2 mil de dezembro de 2015.

Projeções para 2017

A entidade estima aumento de 4,0% no licenciamento de autoveículos em 2017: a expectativa é de comercializar 2,13 milhões de unidades. No caso das exportações, novo aumento é esperado: 7,2%, totalizando 558 mil unidades enviadas para outros países.

A previsão de produção é de 2,41 milhões de unidades, 11,9% acima do registrado em 2016. Na visão Megale, existem diversas razões para acreditar em crescimento: “A conjuntura macroeconômica indica fatos positivos, como aumento do PIB, inflação convergindo para o centro da meta, reduções contínuas da taxa básica de juros e estabilização do dólar. Além disso, a PEC do teto dos gastos já está aprovada, algumas medidas econômicas foram anunciadas, vivenciamos estabilização do ritmo de vendas e teremos uma base baixa de comparação. Ao juntar todos estes fatores, acreditamos em uma reação sequencial, que passa pela retomada da confiança tanto do consumidor quanto do investidor, reaquecimento do consumo e abertura gradual da concessão de crédito”.

A previsão da entidade para o setor de pesados também é de crescimento das vendas em 6,4% contra 2016. Com isso o segmento deverá encerrar o ano com 65,6 mil unidades vendidas. A projeção de exportações do segmento é de 34,4 mil unidades, elevação de 10,0%. Assim, a produção deverá ser de 100,0 mil, um aumento de 26,1%.

Para o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, a projeção é de alta das vendas internas em 13,0% – serão 49,5 mil unidades em 2017. As exportações também serão 6,0% superiores: 10,2 mil unidades. E a fabricação de novos produtos será de 59,6 mil unidades este ano, alta de 10,7%.

 

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