Além da Rivian, que fez uma estreia recorde em Wall Street, a recém-chegada ao mercado, Lucid, já superou o valor da Ford
O mercado de mobilidade elétrica não para de crescer e despontar como a tendência dos próximos anos. Um levantamento realizado pela Anfavea mostra que a venda acumulada de carros elétricos no Brasil, entre janeiro e outubro de 2021, foi mais de 120% maior do que em 2020 e a expectativa é que o número seja ainda maior até o final do ano. E não é só o ecossistema que envolve diretamente essa indústria que está sendo impactado positivamente, o mercado de ações também tem sentido a forte presença do segmento.
Primeiro, tivemos a estreia da Rivian na bolsa de valores de Wall Street. A empresa de carros SUV, pick-ups e caminhonetes elétricas alcançou surpreendentes 100 bilhões de dólares de investimento. Além disso, a startup Lucid, recém-chegada ao mercado, já superou o valor de gigantes, como a Ford. Para Rodrigo Aguiar, sócio-fundador da Elev, empresa que oferece ao mercado soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, esse é um movimento natural a partir da evolução do segmento.
“É natural que o movimento da mobilidade elétrica tenha nascido de uma forma mais tímida. Mas, as necessidades de mercado, inovações e preocupações com a questão do clima fizeram com que o segmento despontasse de forma exponencial e a expectativa é que os próximos anos sejam ainda mais positivos”, pontua. Prova disso são os dados da Anfavea que apontam que até 2035 mais de 60% da nova frota brasileira será de veículos eletrificados.
O cenário ainda é complementado pela agenda ESG, que tem impacto direto nesse mercado, em especial quando se trata da diminuição da emissão de carbono no ambiente. Por exemplo, muitas companhias estão investindo em frotas de veículos elétricos para fazer entregas, tipo de serviço que teve um aumento significativo com a pandemia, ou até rodar dentro dos centros de distribuição.
“A preocupação e responsabilidade com questões socioambientais passou a fazer parte do planejamento estratégico de várias empresas, o que só traz benefícios para o mercado. É fato que a agenda ESG tem sido um pilar fundamental no avanço dos carros elétricos pelo Brasil”, finaliza o executivo.
