Três dias depois que a montadora japonesa deixou cair a bomba na conduta imprópria do presidente da companhia, a diretoria tomou a decisão de destituir oficialmente o executivo brasileiro
Em um comunicado divulgado hoje, quinta-feira dia 22 de novembro, a Nissan disse que decidiu remover o executivo de sua posição como presidente do conselho e diretor representante. O mesmo curso de ação deve ser tomado contra o alegado parceiro de Ghosn no crime, Greg Kelly.
A decisão chega apenas um dia depois que a parceira da Aliança, a Renault, disse que não vai demitir Ghosn de seu cargo de CEO da empresa até que se saiba mais sobre as ações pelas quais ele está sendo responsabilizado.
Na quinta-feira, a Nissan também disse que decidiu buscar orientação sobre como proceder a partir de um terceiro independente e votou a criação de um comitê consultivo presidido por Masakazu Toyoda, encarregado de procurar o próximo presidente da companhia.
Enquanto isso, Carlos Ghosn está encarcerado em Tóquio, em um local não revelado, e é esperado que ele permaneça lá por mais dez dias, de acordo com a publicação japonesa Asahi. Sob a lei japonesa, as pessoas podem ser presas por até 20 dias sem acusação oficial contra elas.
A fonte disse, citando os promotores de Tóquio, que Ghosn subnotificou US $ 44,6 milhões em renda durante um período de quatro anos que vai de 2011 a 2015. Para isso, o icônico número da indústria automobilística pode pegar uma sentença de 10 anos, uma multa simbólica de US $ 89.000 ou ambos .
Além das questões que cercam Ghosn, teme que a Aliança entre os japoneses e a Renault continue subindo. Na quarta-feira, ao anunciar seu apoio a Ghosn, a Renault também exigiu que os japoneses apresentassem mais detalhes sobre o que exatamente eles estão acusando o executivo.
Além de sub-relatar sua renda, a Nissan também disse que Ghosn estava envolvido em “outros atos significativos de má conduta”, incluindo “uso pessoal dos ativos da empresa”.
