Parece brincadeira, mas não é! O mercado de automóveis, caminhões e implementos agrícolas passa por um dos piores momentos de sua história com quedas significativas. A produção brasileira de veículos em julho caiu 15% sobre o mesmo período do ano passado, no pior desempenho para o mês desde 2006 e sem indicar reversão de tendência para o ano, que pode encerrar pior que o esperado pelo setor. ”Voltamos aos números de 2006!”, explicou Luiz Yabiku Moan, presidente da ANFAVEA.
Segundo dados divulgados hoje, quinta-feira dia 6 de agosto, da ANFAVEA, o setor produziu em julho 215,1 mil veículos, queda de 14,9 por cento sobre julho de 2014, mas alta de 17,8 por cento sobre junho, quando a maior parte do setor havia adotado medidas de redução de atividade como concessão de férias coletivas.
No acumulado do ano até julho, a produção mostra recuo de 18,1%, a 1,49 milhão de unidades, pior volume para o período desde 2006. “Estamos num momento difícil, o grande desafio é recuperar o nível de confiança”, disse Moan a jornalistas, mencionando a combinação de crise política e recessão da economia do País.
As previsões da entidade para produção e vendas em 2015 foram mantidas. Por enquanto. “Faremos a revisão das projeções no momento adequado, quando estivermos mais seguros”, explicou Moan. De todo modo, a Anfavea só espera uma recuperação do setor a partir do fim do segundo trimestre de 2016.
A projeção atual da Anfavea para 2015 envolve queda de 17,8% na produção de veículos, a 2,585 milhões de unidades, e vendas de 2,779 milhões, 20,6 por cento menores que as registradas em 2014.