Depois da participação do Padre Fábio de Melo é a canção com Mônica Salmaso que chega às plataformas digitais com inspiração no Improviso Op. 90 n˚3, de Schubert
O cantor e compositor Marcelo Quintanilha lançou no dia 20 de novembro o segundo singledo seu mais recente álbum EruDito. A cantora Mônica Salmaso é a convidada especial da canção Três Sinais, a partir do Improviso Op. 90 n˚3, de Schubert – https://smarturl.it/MarceloQuintanilha
Como o próprio nome do projeto indica, EruDito tem como conceito o “clássico versado” e reúne algumas melodias eruditas que já fazem parte da nossa memória afetiva e do nosso consciente coletivo. Marcelo Quintanilha compôs onze letras para melodias de dez compositores clássicos (Bach, Vivaldi, Mozart, Beethoven, Schubert, Schumann, Chopin, Brahms, Tchaikovsky e Claude Debussy). Com direção artística de Luca Raele e Camilo Carrara, o álbum completo tem previsão de lançamento para 2021 por meio do selo Yb Music.
“Ter a Mônica conosco era um sonho, porque ela daria a chancela de qualidade artística para o projeto. Luca, que toca com ela, fez essa aproximação e ela escolheu essa música, que fala sobre a dualidade do artista no camarim e no palco, muito inspirada em A Valsa dos Clownsdo Grande Circo Místico”, explica Quintanilha.
Toda a pesquisa, escolha de repertório, conceito musical e arranjos foram feitos a seis mãos, por Luca, Camilo e Quintanilha. Entre as peças clássicas escolhidas estão composições de Johann Sebastian Bach (1685-1750), Claude Debussy (1862-1918), Antonio Vivaldi (1678-1741), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Ludwig van Beethoven (1770-1827), Franz Schubert (1797-1828), Frédéric Chopin (1810-1849), Johannes Brahms (1833-1897) e Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893).
As músicas têm como base um quarteto formado por Marcelo Quintanilha (voz e violões); Camilo Carrara (violões, bandolim e guitarra), Luca Raele (piano e clarinete) e Danilo Vianna (baixo acústico), além da participação de Peu Del Rey e Danilo Moura (percussão) e Edmilson Capelupi (violão 7 cordas) em duas faixas.
E, para criar essa mistura entre o popular e o erudito, as canções ganharam versões bem brasileiras, passando pela bossa-nova, moda de viola, marcha-rancho, samba-choro e congado. Com versos inteligentes, sensíveis e atuais, as letras foram compostas com todo rigor e respeito às melodias originais, e tratam de temas variados, do social (como a questão dos refugiados), ao romântico e lírico.
“Tivemos um cuidado minucioso de quase não alterar a métrica original das melodias. O Luca foi muito importante no projeto, porque ele cortava palavras e versos que estivessem fora da prosódia, que é basicamente a combinação da sílaba tônica da melodia combina com a sílaba tônica da palavra. Foi um processo bem demorado, levou três meses para fazer todas as letras!”, revela Quintanilha.
Outro cuidado importante tomado por Quintanilha foi respeitar os temas evocados pelas próprias peças eruditas para criar as letras. Por exemplo, a faixa Noturno, a partir do Noturno Op. 9 n˚2 de Chopin, fala sobre a noite, os astros e o universo.
Para o compositor, muito feliz com o resultado, este foi o trabalho mais difícil de sua carreira, que chega agora ao seu décimo segundo álbum. E este projeto permite trazer aos ouvidos de uma nova geração o acesso e o interesse pela música erudita de uma maneira totalmente inovadora, quebrando as barreiras e criando uma ponte entre a música clássica e a canção popular.
O primeiro single Nem Pais Nem Paz, a partir do Poco Allegretto da Terceira Sinfonia de Brahms, já está disponível em todas as plataformas digitais e conta com a participação do Padre Fábio de Melo. Para ouvir – https://smarturl.it/MarceloQuintanilha
A faixa também ganhou um videoclipe exclusivo – https://bit.ly/3k53hev
Ainda serão lançados Bem Me Quer, a partir da Abertura Romeu & Julieta, de Tchaikovsky, com a participação de Virgínia Rodrigues, em dezembro. E Carnaval de Viena, a partir do Intermezzo do Carnaval de Viena Op. 26, de Schumann, com Daniela Mercury, em janeiro.