MotoGP: pilotos reclamam da falta de segurança na Áustria

WORLD SERIES BY RENAULT 2013 -  RED BULL RING - SPIELBERG (AUT) - 19/07/2013 - PHOTO GREGORY LENORMAND / DPPI - AMBIANCE

A morte do piloto Luis Salom em Montmeló, Barcelona, acendeu a luz vermelha em relação às áreas de escape nas pistas onde são realizadas as etapas do Mundial de Motociclismo. A preocupação ganha força no Red Bull Ring, traçado que acolhe o GP da Áustria, que volta ao MotoGP depois de 19 anos de ausência.

Questionado sobre a falta de segurança nos GPs de MotoGP, Scott Redding aponta o problema: os traçados modernos estão projetados para carros e deixam a segurança dos motociclistas para segundo plano. É o problema de todos os circuitos. A merda destas pistas é que são projetadas para carros e não querem recorrer às áreas de escape de outras categorias. Por isso colocam muros em todo o lado”, desabafou Redding. “Concordo com o fato de não existir grades, mas então precisamos ter uma zona de escape de asfalto muito grande”, explicou.

Scott Redding
Scott Redding

“Gosto do Red Bull Ring, mas não tem segurança. Em alguns locais as barreiras estão muito perto. Este foi o primeiro aspecto que retive mal saí para a pista durante os testes”, sublinhou o piloto da Pramac Racing. E aponta um dos pontos do circuito mais preocupante: “A curva 1 é preocupante, visto que não há muito espaço e nem gramado”, afirmou. “A falta de grama é o problema. Quando não a temos, não há redução de velocidade em caso de queda – ao deslizarmos no asfalto, a nossa velocidade permanece praticamente a mesma, enquanto a grama funciona como freio”, explicou.

Mas a preocupação não se fica por aqui, com Redding a apontar, também, as barreiras, demasiado próximas da pista. “Elas estão por todo o lado e a organização não pode fazer nada sobre isso”, afirmou. “Na chegada à curva 3, se o comissário de prova agitar uma bandeira, posso tirá-la das mãos dele. Nas primeiras voltas, estamos a travar e vemos os fotógrafos ali. É possível ver a lente em detalhe, já que estamos muito perto. Só espero que nada aconteça e que consigam mudar isso para o próximo ano”, completou.

 

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