A morte do piloto Luis Salom em Montmeló, Barcelona, acendeu a luz vermelha em relação às áreas de escape nas pistas onde são realizadas as etapas do Mundial de Motociclismo. A preocupação ganha força no Red Bull Ring, traçado que acolhe o GP da Áustria, que volta ao MotoGP depois de 19 anos de ausência.
Questionado sobre a falta de segurança nos GPs de MotoGP, Scott Redding aponta o problema: os traçados modernos estão projetados para carros e deixam a segurança dos motociclistas para segundo plano. “É o problema de todos os circuitos. A merda destas pistas é que são projetadas para carros e não querem recorrer às áreas de escape de outras categorias. Por isso colocam muros em todo o lado”, desabafou Redding. “Concordo com o fato de não existir grades, mas então precisamos ter uma zona de escape de asfalto muito grande”, explicou.
![Scott Redding](http://www.supertopmotor.com.br/wp-content/uploads/2016/08/PA1427179.jpg)
“Gosto do Red Bull Ring, mas não tem segurança. Em alguns locais as barreiras estão muito perto. Este foi o primeiro aspecto que retive mal saí para a pista durante os testes”, sublinhou o piloto da Pramac Racing. E aponta um dos pontos do circuito mais preocupante: “A curva 1 é preocupante, visto que não há muito espaço e nem gramado”, afirmou. “A falta de grama é o problema. Quando não a temos, não há redução de velocidade em caso de queda – ao deslizarmos no asfalto, a nossa velocidade permanece praticamente a mesma, enquanto a grama funciona como freio”, explicou.
Mas a preocupação não se fica por aqui, com Redding a apontar, também, as barreiras, demasiado próximas da pista. “Elas estão por todo o lado e a organização não pode fazer nada sobre isso”, afirmou. “Na chegada à curva 3, se o comissário de prova agitar uma bandeira, posso tirá-la das mãos dele. Nas primeiras voltas, estamos a travar e vemos os fotógrafos ali. É possível ver a lente em detalhe, já que estamos muito perto. Só espero que nada aconteça e que consigam mudar isso para o próximo ano”, completou.