O “Dia do Motociclista” é comemorado no Brasil todo em 27 de julho e em cada cidade a data serve de estímulo para a realização de passeios em duas rodas, palestras e eventos de moto-clubes. Para a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a ocasião é propícia para uma série de ações educativas visando a pilotagem defensiva e a segurança no trânsito.
Atualmente, o Brasil figura entre os seis maiores produtores mundiais de motocicletas. Segundo a edição de 2015 do Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas, tendo por base os dados de 2014, entre as 23.027.875 motocicletas da frota nacional, 38,5% se encontram na Região Sudeste (8.873.235 unidades) e 27% na Nordeste (6.211.226 unidades), considerando-se as maiores concentrações regionais. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 15,3% (3.524.907 unidades), Centro-Oeste, com 10,2% (2.354.211 unidades), e Norte, com 9% (2.064.296 unidades).
Com base nos licenciamentos do Registro Nacional de Veículos Automotores – Renavam, pertencente ao Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, o estado de São Paulo possui a maior frota de motocicletas do País, com 5.019.766 unidades, seguida por Minas Gerais, com 2.529.365, Paraná, com 1.334.785, Ceará, com 1.310.221, e Bahia, com 1.283.897 unidades.
Pela base oficial de dados de 2014, do total de 62.847.293 de brasileiros habilitados para conduzir todo tipo de veículo, 42,64% podem legalmente pilotar motocicletas, ou seja, 26.799.931 habilitados encontram-se classificados na categoria A. No Brasil, há 21.181.481 homens e 5.618.450 mulheres com habilitação para pilotar as motos.
Ente os homens habilitados para a condução de motociclistas, a maior faixa etária, com 30,35% do total, está entre 31 a 40 anos, seguida pela faixa de 41 a 50 anos, com 20,18%. A faixa mais jovem, de 18 a 21 anos, representa apenas 6% do total. No caso das mulheres, também predomina a faixa etária de 31 a 40 anos (33,63%), seguida por 26 a 30 anos (22,53%) e 22 a 25 anos (15,3%). A faixa mais jovem, de 18 a 21 anos, atinge 7,79%. As mulheres também já correspondem a 22% dos compradores do veículo no País.
A maior parte dos compradores de motocicletas no Brasil está na faixa de 21 a 35 anos de idade (49%). Em seguida, estão os brasileiros acima de 40 anos, correspondendo a 29% do total. Apenas 5% dos compradores têm até 20 anos.
A flexibilidade de locomoção permite que a motocicleta seja utilizada em múltiplas atividades simultaneamente, como locomoção (97,6%), lazer (93,5%) e trabalho e geração de renda (27%).
“O País conta com frota superior a 23 milhões de unidades, o que equivale à média de uma moto para cada grupo de 9 habitantes. Em outros países, como Espanha e Itália, essa relação é de 9/1 e 7/1, respectivamente. Entre os países asiáticos, a relação chega a 3/1. Estes números evidenciam que o Brasil ainda possui amplo potencial para o crescimento do mercado de motocicletas”, afirma José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.
A motocicleta é sinônimo de geração de renda e emprego para muitas famílias brasileiras, assim como seu principal meio de subsistência, já que são utilizadas para exercer atividades remuneradas, entre outras de grande importância para melhoria do padrão de vida familiar. Exemplos disso são encontrados no trabalho diário dos moto-fretistas e moto-taxistas.
Além disso, o veículo é mais eficiente na ocupação do espaço urbano, considerando que um automóvel na maioria das vezes transporta somente uma pessoa – o condutor – e a motocicleta, nesta mesma condição, ocupa um espaço consideravelmente menor nas vias.
“Autoridades policiais, assistenciais e de trânsito fazem grande uso da motocicleta para se locomover com rapidez e eficiência pelo trânsito moroso das cidades, graças às características atrativas de mobilidade deste veículo, que se destaca pela flexibilidade e economia”, diz o diretor da Abraciclo.
Anualmente, a Abraciclo realiza uma série de ações educativas com o objetivo de aprimorar o conhecimento e as habilidades dos condutores de motocicletas e promover a melhoria do comportamento de todos os integrantes do trânsito.
Em apoio ao movimento “Maio Amarelo”, a entidade promoveu 15 palestras gratuitas em sete escolas de ensino médio de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com o apoio da Prefeitura local, e fará o mesmo em agosto, em Teresina, no Piauí, onde se registra alto índice de acidentes de trânsito e constantes irregularidades no uso de veículos de duas rodas, como a não utilização do equipamento obrigatório de segurança, que é o capacete, e a ausência de documento de habilitação.
Por isso, entre os dias 5 e 7 de agosto, a entidade leva o MotoCheck-Up, o maior programa gratuito de conscientização e orientação para motociclistas da América Latina, à capital piauiense.
O evento vai disponibilizar aos motociclistas locais não apenas dicas de conscientização, mas também uma avaliação das motocicletas que passarem pelo local, com o exame gratuito das condições mecânicas de 21 itens dos veículos. Também serão mostrados, na prática, como deve ser a pilotagem defensiva e o uso correto dos freios. Para completar, acontece ainda a distribuição de brindes aos participantes e a entrega de vales, que possibilitam gratuitamente a troca completa de óleo.