O seguro de carro é um produto que ainda deixa muitas dúvidas, tem uma linguagem complexa, então muitas coisas precisam ser esclarecidas
Segundo os dados do Governo Federal, entre 2015 e 2019, foram roubados mais de um milhão de veículos no Brasil. O volume de roubo e furto de veículos, principalmente nos grandes centros urbanos, vem alertando os brasileiros da necessidade de proteger seus bens. Mas, ainda assim, no país, mais de 70% dos carros não estão segurados, número bem inferior se comparado a outros países como Holanda e Reino Unido. Isso acontece porque o seguro é considerado um produto caro e com linguagem complexa por grande parte da população.
Algumas startups estão chegando ao Brasil para democratizar e modernizar esse setor. É o caso da Justos, startup de seguros que vai utilizar dados para oferecer preços mais baixos para quem dirige de maneira consciente. Esses dados são colhidos pela tecnologia de telemetria, que consegue analisar alguns comportamentos do motorista como velocidade, aceleração, frenagem, se a pessoa mexe no celular enquanto dirige e se faz curvas de forma leve. Para fazer essa análise, é necessário que o motorista conceda as permissões no aplicativo.
Mas, afinal, quais características podem fazer um seguro auto ser tão diferente? Dhaval Chadha, CEO da empresa, separou quatro curiosidades que provavelmente você não sabia sobre esse produto. Confira abaixo quais são:
- Vistoria online
A tecnologia proporcionou muitas facilidades no dia a dia. Com o seguro auto, não foi diferente. Muitas seguradoras já oferecem a opção da vistoria online, pelo site ou aplicativo. Ela dura alguns minutos e tudo o que é preciso fazer é tirar algumas fotos do carro. É importante mencionar que, para que a vistoria online seja feita corretamente, o segurado precisa estar muito atento aos passos que serão informados pela seguradora contratada. Em algumas etapas, como o envio de fotos, elas precisam seguir à risca o que for pedido, eximindo assim, a possibilidade de erros e a necessidade do envio de um perito para fazer uma análise presencial.
- Precificação que vai além do gênero e idade
A maioria das seguradoras tradicionais estabelecem o valor do seguro de acordo com o gênero e idade do motorista que vai dirigir o carro. Isso acaba sendo injusto, pois motoristas jovens vão sempre acabar pagando mais. Mas, já há opções no mercado que estão mudando isso. Algumas novas seguradoras já vão precificar se baseando no comportamento do motorista.
- Fim das longas esperas
De acordo com a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), os seguros tradicionais demoram, em média, 48 dias para resolver acidentes com batidas e 21 dias para carros que sofrem perda total. Com isso, a pessoa que teve o carro danificado, corre o risco de ficar vários dias sem o seu veículo. As insurtechs – startup de seguros – chegam para mudar esse cenário, trazendo tecnologia para modificar esses longos processos e proporcionar uma melhor experiência para seu cliente.
- Personalização
A maioria das seguradoras usam pacotes pré-estabelecidos para oferecer o seguro auto para seus clientes. Com a nova geração de seguradoras, os clientes montam seu pacote, inserindo os itens que se adequam melhor às suas necessidades.