Gabriel, Léo,João Pedro e Vitor, são jovens autistas do GADI – Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção, que fizeram um divertido “teste” no Fiat Pulse. Leo Almeida, de 16 anos, o mais extrovertido deles, que costuma ler as colunas no AE e outros sites do setor, completou neste ano o 2º ano do Ensino Médio. Mais reservado, Gabriel Araujo Vieira Martins, no 9º ano para completar o Ensino Médio, aos 16 anos, elogiou o carro que, segundo ele, é bonito e confortável. Já João Pedro Costa Nicodemos, 18 anos, aluno do 2º ano do Ensino Médio, fez o teste interessado em ver novos aspectos tecnológicos e adorou a tela multiuso que oferece várias opções de uso. Vitor Dantas, fã do Fusca, aos 15 anos estuda desde os 13 em uma sala compatível ao 6º ano (Sala de Inclusão).
Antes mesmo de andar no Pulse, Leo, foi logo dizendo saber que o carro “é bem econômico, confortável e confiável”. Lembrou dois carros que a sua avó, hoje com 72 anos, tinha. O primeiro, segundo ele, foi um Fiat 147. “Mas ela também teve – acrescentou – um Palio argentino, que deu muito trabalho e que, um dia, a deixou na rua, voltando em um guincho. E tinha um barulho no porta-malas que nunca desapareceu. Mas quando andava, era bom”, contou ele,
Ficou entusiasmado quando, usando o “botão vermelho” (ele perguntou o que era aquele botão do Sport), acelerei forte, passando rapidamente dos 60 km/h para os 100 km/h. ( O teste, com acompanhamento da diretora do GADI, Tatiana Lopes, foi feito na Via Anchieta, numa tarde de pouco movimento ,onde a máxima é 110 km/h).
Gabriel também adorou a aceleração e elogiou, quando sentou no banco traseiro, – eles se revezavam no carro – o conforto. Na tela, o sistema permite mostrar o trânsito na traseira do carro. “Achei ótimo a gente ver que não vem carro atrás do nosso”, comentou ele. O jovem também lembrou que andou em um ônibus elétrico (há uma linha em Santos que opera com dois ônibus que têm uma boa relação com o meio-ambiente. Um deles, um micro, é elétrico e outro, no tamanho convencional, híbrido, com dois motores, um diesel e outro elétrico.) E adorou o silêncio e o conforto do elétrico.
João Pedro, como já disse, é vidrado em tecnologia e busca isso em todos os carros que conhece. Gosta muito do Civic, que saiu de linha recentemente, e ficou encantado com as várias opções de informação oferecidas pelo sistema. Observando os demais equipamentos do Pulse, chamou-o de carro de robô. Mas, o que gostou mesmo foi da “emoção” do uso “Sport”, o botão vermelho.
Já Vitor, o fã do Fusca, confessa que gosta de todo tipo de carro, “até da Ferrari eu gosto”, disse com a sua inocência. Adorou o volante do Fiat, porque acha que deve ser muito fácil de dirigir. Ficou um pouco tenso quando acelerei forte, usando o “Sport”, mas logo a seguir, quando a aceleração estacionou nos 100 km/h, ele relaxou e disse ter gostado muito de ter “grudado” no encosto do banco. Deu nota 10 para o conforto do carro, tanto no banco dianteiro, quanto no traseiro.
Os quatro jovens têm autismo leve que permite a eles, com a ajuda de profissionais, relacionar-se com as pessoas, desenvolver alguns tipos de habilidades, incluindo estudar, como acontece com Gabriel, Léo, João Pedro e Vitor. Foram dois dias muito divertidos para mim, convivendo com os quatro, que também se divertiram conhecendo um modelo de carro, na época, recém-lançado no mercado.