Especialista aleta para os cuidados que devem ser tomados pelos motoristas
A TMD Friction do Brasil é líder global em tecnologia de materiais de fricção, faz uma alerta sobre a utilização de maneira equivocada, por parte de alguns caminhoneiros, dos tambores de freio.
“A má utilização pode trincar a peça e despedaçá-la em rodovias, transformando os cacos de ferro fundido em um objeto letal, por ser altamente cortante e normalmente ao se desprenderem de um veículo de carga em movimento, atingem o alvo em grande velocidade. Sem o tambor, tanto o implemento como o caminhão perdem totalmente a capacidade da frenagem da roda afetada, comprometendo a capacidade total de frenagem do veículo, uma vez que, ao contrário dos automóveis, os caminhões utilizam na grande maioria à tambor, deixando os freios à disco para alguns modelos de menor porte ou opcional em alguns modelos pesado/extra pesado, como cavalos mecânicos que posteriormente serão acoplados à implementos (carretas) com freios à tambores”, alerta Everton Rogenski, consultor da Cobreq.
O tambor normalmente sofre desgaste durante o uso dos freios e reduz a espessura da peça até ela entrar em colapso e se estilhaçar. “Para estender a vida do material feito de ferro fundido, uma parte dos caminhoneiros acaba levando o tambor ao uso extremo, ou seja, ultrapassando o diâmetro máximo recomendado pelos fabricantes. Mas o que ocorre na verdade é a redução da ‘parede’ e consequentemente da resistência mecânica”, reforça Rogenski.
Outra prática comum é a substituição de um componente original, conhecido como roletes, por outros com a maiores diâmetros, estes são responsáveis por empurrar as lonas contra a superfície interna do tambor.
Estas ações aparentemente prolongam a vida útil dos tambores, porém existe uma perda de eficiência de frenagem, uma vez que paredes de tambores finas, tendem a deformar-se com maior facilidade, quando submetidas a altas temperatura, fato comum durante a utilização dos freios em veículos de carga.
Veja outras dicas do especialista da Cobreq para os freios de veículos de cargas:
– Não é recomendado instalar lonas ou sapatas novas em tambores irregulares. A retífica só é permitida se ela estiver dentro do limite indicado no próprio item.
– Não esqueça de fazer a inspeção das catracas, sejam elas manuais ou automáticas, este item garante a distribuição de frenagem entre as rodas.
– Quando parar o veículo, após uma situação de emergência, onde os freios atingiram altas temperatura, recomenda-se aguardar alguns minutos para redução da temperatura antes de acionar o freio estacionário, lembrando que é importante permanecer junto ao veículo para evitar a movimentação involuntária do mesmo. Pois ao esfriar, o tambor se contrai e, ao encontrar a resistência oferecida pelo conjunto, pode sofrer alterações de geometria ou até mesmo rachar. Também jamais faça o resfriamento forçado.
– Não lave as rodas com jato de água enquanto o tambor estiver superaquecido. O choque térmico provocado pela diferença de temperatura dos elementos pode causar o aparecimento de fissuras e trincas.
– Vale lembrar que frear bem não é arrastar as rodas ou pisar com força no pedal. Antes de tudo deve-se evitar que as rodas arrastem nas freadas mais fortes. Para evitar o arraste de rodas, procure rodar com o limite certo de carga.