PPG desenvolve tecnologias para acelerar a popularização de carros autônomos no mundo

Empresa atua com soluções para os veículos e a infraestrutura das cidades

Os carros autônomos devem fazer parte da realidade de muitos países dentro de alguns anos. Para isso, algumas adaptações estão sendo projetadas e testadas, tanto para os veículos como para a infraestrutura viária. A indústria química é uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento destas tecnologias que permitirão com que esses veículos circulem nas cidades, em um futuro próximo.

A PPG, fabricante mundial de tintas e revestimentos, é uma das empresas que elabora soluções para suprir as demandas que esses automóveis requerem para rodar nas mais diversas pistas. Entre os primeiros itens produzidos pela empresa está um revestimento com isolação térmica para a bateria, que evita a dispersão do calor gerado pelo equipamento durante o funcionamento do veículo. “Além de permitir que a bateria preserve a temperatura ideal, outro diferencial do produto é a possibilidade de retardar a proliferação de chamas em caso de incêndio”, explica Odair Destro, gerente de produto de tintas automotivas da PPG no Brasil.

A indústria tem trabalhado em um ritmo bastante acelerado na busca de soluções de eficiência energética das baterias para que em breve tenhamos veículos com maior autonomia e com um menor custo. Atualmente, o preço elevado dos veículos elétricos pode estar atribuído ao custo de sua bateria e, sabendo disso, a indústria automotiva já conseguiu implementar reduções de custo significativas desde 2008, segundo especialistas do setor. O Japão, um dos países que lidera o mercado de veículos elétricos, estima que a partir de 2030, mais de 55% de sua frota de automóveis será composta por carros elétricos.

A empresa desenvolve um amplo portfólio de revestimentos essenciais para a implementação dos veículos autônomos. Na pintura da carroceria, um revestimento especial foi criado para que diferentes cores sejam facilmente detectadas por câmeras e radares. “Esse revestimento permite que os carros de diferentes cores sejam reconhecidos pelos equipamentos de detecção (LiDAR – sigla em inglês Light Detection And Ranging), diz Destro. O LiDAR é uma tecnologia utilizada pelos sistemas de visão por computador responsáveis por detectar veículos e obstáculos. “Cores escuras são mais difíceis de captar, mas esse material permite que as ondas de infravermelho se assemelhem ao branco, que é o tom mais nítido para os radares”, esclarece Destro.

Outro benefício é a possibilidade de “refrescar” os carros em locais de clima quente – reduzindo a demanda por ar-condicionado e, assim, aumentando a performance e a duração da bateria do veículo. Segundo o especialista da PPG, isso é possível porque o revestimento, que conta com uma tecnologia já comprovada pelo setor aeroespacial, reflete a luz e evita que a lataria detenha todo o calor.

Para o interior do carro, revestimentos autolimpantes também foram projetados, com o objetivo de proporcionar uma manutenção mais fácil e resistente a contaminantes, oferecendo comodidade e segurança aos usuários. “A indústria automotiva prepara ainda proteções anti-impressão digital, antirreflexo e outras soluções que possam ser utilizadas dentro e fora dos veículos”, complementa Destro.

A infraestrutura das cidades precisa passar por algumas mudanças antes de receber os carros autônomos. Isso porque os veículos necessitam de instalações conectadas para interagir com os sistemas de tráfego. “Na PPG, desenvolvemos também tecnologias para diferentes estruturas das vias, como revestimentos de sinalizações que refletem e são de fácil detecção, assim como códigos de mensagem para sensores dos veículos”, explica Destro.

Esse é um exemplo de como a demanda por inovação já impacta diferentes setores. E, assim como as montadoras e empresas de tecnologia, a indústria química deve seguir com o desenvolvimento de tecnologias de ponta para que os veículos autônomos sejam uma realidade em um futuro cada vez mais próximo.

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