Projeto do Ford Fund apoia costureiras da Bahia e São Paulo com geração de renda por meio da produção de máscaras

Costureiras que tiveram sua renda afetada pela pandemia, serão beneficiadas pela ação do Ford Fund

Como muitas pessoas, as costureiras de comunidades carentes tiveram seu trabalho prejudicado pela pandemia. O Ford Motor Company Fund, braço filantrópico da marca, e a organização humanitária Aldeias Infantis SOS Brasil criaram o projeto Costura Solidária, com o objetivo de gerar renda para diversas costureiras da Bahia e de São Paulo a partir da produção de 20.000 máscaras de tecido, que serão doadas à população como forma de prevenção ao novo coronavirus.

Maria da Gama Santos, 38 anos, moradora de Camaçari, na Bahia, é uma das beneficiadas pela iniciativa. Casada e mãe de dois filhos, realizou o sonho de se tornar costureira depois de participar de um programa do Ford Fund, em parceria com a ONG Projeto Axé, que capacitou mais de 500 mulheres ao longo de cinco anos. Maria montou um ateliê e chegou a dar aulas de costuras no seu bairro. Agora, está sendo apoiada novamente pelo Ford Fund.

“Estou muito feliz fazendo as máscaras e, mais para frente, quero voltar a dar aulas de costura. Não podemos abaixar a cabeça para as dificuldades”, diz Maria, que conta com a ajuda do filho Tiago Santos da Conceição, 20 anos, nesse trabalho.

Maria lembra que desde os sete anos tinha vontade de aprender a costurar, vendo a avó na máquina, que trancava o quarto e escondia a chave. Mais tarde, trabalhou como faxineira em um ateliê de costura para poder aprender a profissão. No curso de mochilas ecossustentáveis que o Ford Fund patrocinou em parceria com o Projeto Axé, ela aprimorou sua técnica e também passou a dar aulas.

“Promovi um desfile de moda para que as minhas alunas pudessem ter a oportunidade que eu não tive quando era criança”, conta. “É um trabalho maravilhoso. Tudo o que aprendi coloquei em prática e vi esse fruto crescer. É um dom de Deus.”

Para participar do projeto, foram selecionadas mulheres de baixa renda em condição de vulnerabilidade que já trabalhassem como costureiras eque pudessem produzir em casa. São dez mulheres da zona Norte de São Paulo, da comunidade de imigrantes bolivianos, e dez da Bahia, que já participaram do Projeto Axé e do Cesa (Núcleo de Arte Educação do Centro Educacional Santo Antônio), que produzem figurinos para as apresentações de teatro da instituição.

A Aldeias Infantis SOS Brasil distribui o tecido cortado e os materiais para a produção, que é remunerada com um valor acima do mercado. A proposta é que cada costureira produza 1.000 máscaras. A instituição também irá distribuir as máscaras para as comunidades e instituições locais, que farão o repasse para a população.

“Com o projeto Costura Solidária, estamos criando uma cadeia de solidariedade para combater tanto a pandemia, com a doação de máscaras, como os seus efeitos na população de baixa renda”, diz Roberta Mädke, gerente de Responsabilidade Social da Ford. “A ação foi inspirada na iniciativa de um grupo de empregadas da Ford em Camaçari, que produziu e doou 1.500 máscaras para comunidades e instituições da região.”

O projeto inclui também a participação de empregados voluntários da Ford, que mediante interesse e habilidade para costura, poderão ter acesso a kits com tecido, linha, elástico e instruções para a produção de 10 máscaras em casa, ampliando o total a ser doado para as participantes.

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