Estudo da McKinsey revela expansão acelerada no Congresso C-MOVE durante o E-MOB 2024
Durante o Congresso C-MOVE, realizado em paralelo ao E-MOB 2024 Salão da Mobilidade Verde & Cidades Inteligentes, Daniele Nadalin, associate partner da McKinsey & Company, apresentou um panorama positivo sobre as perspectivas para a infraestrutura de recarga de veículos elétricos no Brasil.
A McKinsey é uma das maiores consultorias globais de gestão empresarial, conhecida por seus estudos e análises profundas de mercado, orientando líderes e organizações na tomada de decisões estratégicas. O evento, que termina nesta quinta-feira, reúne especialistas e líderes do setor de mobilidade verde e cidades inteligentes, oferecendo uma programação rica em atualizações para o mercado.
Nadalin destacou que o mercado de veículos eletrificados no Brasil segue em plena expansão, com 6,4% dos licenciamentos de automóveis no período de janeiro a agosto de 2024 representados por BEVs (veículos elétricos a bateria) ou PHEVs (veículos híbridos plug-in). No entanto, a infraestrutura de recarga ainda é um dos grandes desafios a serem superados para o crescimento contínuo do setor.
Segundo o executivo, um dos principais fatores de frustração para os proprietários de veículos elétricos no país é a experiência de recarga: 38% dos usuários afirmam considerar retornar aos veículos a combustão devido às dificuldades encontradas para recarregar seus veículos. “Apesar de subdimensionada, a infraestrutura de recarga está crescendo de forma exponencial”, afirmou Nadalin. A projeção é que, até 2030, o mercado de recarga atinja R$ 14 bilhões, com 570 mil carregadores instalados e uma demanda energética de 4,6 TWh.
O segmento de veículos comerciais, como caminhões e ônibus, terá papel crucial nessa transformação, representando 67% da demanda de recarregamento, apesar de corresponder a apenas 16% da frota prevista para 2030. Nadalin também apresentou quatro modelos de uso para empresas interessadas em ingressar no setor de recarga: (1) recarga residencial, (2) recarga em “destinos” como shoppings e escritórios, (3) eletropostos dedicados e (4) hubs de frotas.