Renault Group lança primeiro Metaverso Industrial

Até 2025, o Metaverso permitirá realizar 320 milhões de euros em economias e outros 260 milhões de euros de economias em estoques, além da redução de 60% no prazo de entrega dos veículos, 50% da pegada carbono na produção de seus veículos e contribuir para a redução de 60% dos custos de garantia definidos pelo Grupo

O Renault Group está acelerando sua digitalização com o primeiro Metaverso industrial. Atualmente, 100% das linhas de produção estão conectadas (8.500 equipamentos), 90% dos fluxos de abastecimento são monitorados permanentemente e 100% dos dados da Supply Chain estão hospedados no Metaverso do Renault Group, com uma verdadeira réplica do mundo físico monitorado em tempo real. Inserido na Indústria 4.0 desde 2016, o digital permitiu realizar um ganho de 780 milhões de euros de economia. Até 2025, ele permitirá realizar 320 milhões de euros de economias diversas, às quais serão incluídos 260 milhões de euros de economias em estoques, redução de 60% no prazo de entrega dos veículos e 50% da pegada de carbono na produção de seus veículos, bem como uma importante redução dos ciclos de inovação e uma contribuição de 60% na redução dos custos de garantia definida pelo Grupo.

“A cada dia, um bilhão de dados são capturados nas plantas industriais do Renault Group. O Metaverso oferece um monitoramento em tempo real que permite aumentar a agilidade e adaptabilidade das operações industriais, além da qualidade da produção e da cadeia de suprimentos. O Renault Group está se tornando um pioneiro no setor”, explicou  Jose Vicente de los Mozos, Vice-Presidente Executivo Industrial do Renault Group.

O Metaverso industrial: quatro dimensões

  • Tudo começou com os dados. Para coletar os dados de todas suas plantas industriais, o Renault Group desenvolveu uma solução exclusiva de coleta e padronização de dados, além de uma plataforma para coleta de dados em massa para alimentar o Metaverso industrial, proporcionando meios de alavancar a performance do processo de produção em tempo real. Esta solução é atualmente comercializada em parceria com a ATOS para outros players industriais, cujo projeto recebeu o nome de ID@Scale.
  • Posteriormente, o Renault Group modelizou suas instalações físicas, com a criação de gêmeos digitais. Cada fábrica conta com sua própria réplica no mundo virtual. Assim como as fábricas, a Supply Chain conta com seu universo digital. Ela faz parte integrante do Metaverso industrial, sendo também monitorada em tempo real por meio de uma torre de controle.
  • Integração em um ecossistema ampliado. O uso de gêmeos digitais é enriquecido com dados dos fornecedores, previsões de vendas e informações da área de qualidade, além de informações externas – como previsão do tempo e situação do trânsito – e de Inteligência Artificial, permitindo desenvolver cenários preditivos.
  • A aceleração desta transformação digital se tornou possível por meio da convergência de tecnologias avançadas (nuvem, tempo real, 3D, Big Data, etc.). O Renault Group desenvolveu uma plataforma exclusiva de convergência das tecnologias necessárias para a criação de gêmeos digitais e seus ecossistemas de forma resiliente.

Todas estas quatro dimensões constituem um Metaverso industrial completo, contínuo e em tempo real.

Fio condutor: o Metaverso a serviço das pessoas

O Metaverso oferece o monitoramento por meio de uma melhor visibilidade do ambiente de trabalho, permitindo que os vários atores ganhem agilidade e autonomia nas tomadas de decisão. As tecnologias oriundas do mundo dos videogames fazem que as experiências dos usuários sejam mais imersivas. Este é o caso do treinamento de capacitação em pintura, realizado em realidade virtual. Os algoritmos de Inteligência Artificial facilitam a capacidade de antecipação dos colaboradores, assim como as funcionalidades de otimização e monitoramento dos fluxos para os especialistas da Supply Chain.

“A maturidade tecnológica do Renault Group permite que a empresa supere uma etapa importante tanto em seu processo de digitalização e transformação: o controle dos nossos dados, nossas escolhas de tecnologias avançadas e as expertises das nossas equipes são exemplos das muitas alavancas para acelerarmos em nossa trajetória para nos tornarmos uma empresa de tecnologia”, disse Frédéric Vincent, CIO Renault Group.

O Renault Group apresentou 32 estudos de caso durante o evento Tech Industry Days, para ilustrar concretamente seu Metaverso industrial. Alguns exemplos são:

  • Desenvolvida pelo Renault Group, a plataforma de dados industriais IDM4.0 (Plataforma de Gestão de Dados Industriais 4.0) coleta todos os dados industriais do Renault Group. Estes dados são armazenados em nuvem (Google Cloud) e alimentam o Metaverso industrial, permitindo corrigir ou melhorar o processo de produção em tempo real. Desde 2019, foram detectados 300 alertas, evitando 300 paradas de produção.
  • Torre de Controle da Supply Chain ampliada é o ponto de convergência das funções da Supply Chain em um espaço dedicado: a Sala de Controle. Esta ferramenta de monitoramento global concentra o fluxo de informações, alerta em tempo real sobre riscos ou anomalias em todas as atividades de transporte e, graças à Inteligência Artificial, oferece cenários otimizados de gestão de crise.
  • descarbonização da indústria como alavanca de independência energética. O Renault Group assumiu o compromisso de atingir a Neutralidade de Carbono no polo industrial ElectriCity e na fábrica de Cléon (ambos na França) a partir de 2025, nas plantas de produção da Europa a partir de 2030, e em todas as plantas industriais no mundo em 2050. O monitoramento em tempo real da pegada de carbono dos equipamentos ou capacidades de transporte será uma importante alavanca para atingir a trajetória, com um mix de 50% de energias renováveis na França a partir de 2026 e 100% em 2030.

“Este Metaverso industrial é único e permite acionar alavancas de eficiência e performance que até então não estavam visíveis, em benefício das pessoas e do meio ambiente. A gestão de dados em escala dentro do Grupo permite monitorar em detalhe, por exemplo, o consumo energético de todas as nossas instalações industriais ou não e, principalmente, otimizá-los em tempo real quando uma fábrica está parada”, finalizou Patrice Haettel, Vice-Presidente de Estratégia Industrial e Engenharia do Renault Group.

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