Sai uma Volkswagen Saveiro Cross no capricho!

Agora chegou a vez da Volkswagen Saveiro Cross, uma espécie de misto de utilitário e veículo de passeio. Picapezinha bem legal e interessante. Para avalia-la a nossa vítima foi o meu brother Flávio Verna, 38 aninhos, aquele do Galpão da Pizza, que prometi mostrar quem é. O Flávio já teve uma Saveiro lá no passado e hoje é dono de um Mitsubishi TR4 ano 2009, modelo 2009.

Volkswagen Saveiro foi lançada em 1982 nas versões S e LS, sendo ela o último modelo a integrar a família Gol. Desenvolvida com o objetivo de transportar cargas nas cidades e rodovias, tornou-se também um veículo diferenciado para o esporte e o lazer. O nome foi inspirado em uma embarcação que transporta passageiro e carga, fazendo jus à funcionalidade do carro. Hoje, com o modelo Croos, a saveiro chega em sua 5ª geração. Acompanhe, agora, a avaliação do Flávio da VW Saveiro Cross.

Fui convidado pelo jornalista Joka Finardi para conhecer de perto a nova VW Saveiro Cross, veiculo multi-função da VW que encara muitas tarefas, inclusive se o caminho for de terra, pois, como o nome sugere ela veio calçada com pneus de uso misto, o que a deixa mais preparada para rodagem em estradas de terra, cascalho e até mesmo um leve barro.

Falando sobre o interior, a cabine é bem confortável, me deu uma boa sensação espacial e com bons ângulos de visão, exceto pela visão traseira que fica um pouco difícil de manobrar na marcha a ré. O tecido dos bancos feitos derivado de reciclagem é muito bonito, mas o formato dos bancos poderiam abraçar um pouco mais o seu ocupante, mas bato palmas para toda atitude “verde” que qualquer montadora assumir, só assim podemos reduzir os impactos que os veículos automotores causam em nosso eco-sistema. Conta com um bom e muito bem vindo espaço atrás dos bancos, que parece não ser grande coisa, mas que cabe muita coisa e ainda conta com uma tomada de 12V que pode ser muito bem usada para por exemplo ligar um compartimento térmico elétrico, popularmente conhecido como cooler ou geladeira.

O painel de instrumentos é o velho conhecido, não mudou muito nos últimos 10 anos, a não ser pelo fato de uma pequena tela central informativa, tomando a vez do computador de bordo, onde funciona o sistema chamado “Eco Comfort”, onde nos lembramos do pai, ou seja lá quem foi que nos ensinou a dirigir e ficava dizendo, não acelera parado, feche os vidros quando o ar estiver ligado e tal e tal, ou seja, ele fica ali te lembrando de como utilizar seus recursos de maneira correta, eficiente e ecológica. Volante tem boa pegada e controles para facilitar a vida no transito. O painel é clean. O radio ganhou informação recebida do sensor de ré para facilitar o estacionar de ré, ajudando muito no ponto cego para a visão da traseira. Portas fecham com pressão, o que me trás confiança em rodar por estradas de terra, parece que nem o pó consegue entrar quando os vidros estiverem fechados.

Na questão do design, posso dizer que me agradou, suas linhas apesar de estar presente em quase toda linha VW, no projeto de globalização, esta bem harmoniosa. Gostei dos piscas nos retrovisores, inclusive o sistema rápido de setas. Não via a hora de poder elogiar os grandes faróis auxiliares que deram todo o charme e a identificação visual do modelo Cross, com dupla função (neblina e longo alcance).

Aquele espaço vazado na lateral onde podemos apoiar o pé, ajuda muito no manuseio de cargas da caçamba, ainda bem que alguém inventou aquilo. A tampa traseira parece que prometia descer em dois estágios e suavizar a descida, coisa que percebi não cumprir com o prometido. Eu pelo menos não consegui sentir a eficiência da mesma, mas a chave na tampa é essencial.

Outro ponto positivo é essa versão já vir equipada com Santo Antonio e capota marítima, ufa, até que enfim alguma montadora fez isso. Apesar dos elogios que as rodas de liga leve diamantadas de 15″ receberam, achei que o desenho não combina com o estilo aventureiro, mas não são feias, poderiam ter feito rodas parecidas com a da Amarok que combinariam mais para este estilo aventureiro.

Mecânica e suspensão são bem resolvidas, exceto pelo cambio que até hoje continua meio desajustado nos engates, poderia ser mais justo o encaixe das marchas. Alguém se lembra do tal “trambulador”, não sou mecânico, mas será que isso ainda existe? Pois a minha impressão é que esse componente esta ruim no projeto VW. Para os habituados ao uso dos modelos da VW podem ficar tranqüilos, pois continua do mesmo jeito, nada mudou. O motor rende bem e responde rápido. A suspensão esta bem macia e roda sem castigar dos ocupantes. Resumindo, gostei do carro, mas acho que com este valor (48.990) avaliaria outras opções. Para quem é fã da Volks, vai fundo que vale a pena.