Saiba escolher o lubrificante ideal para carros antigos

No Dia Nacional do Fusca, especialista explica os tipos de lubrificantes específicos para carros clássicos

Para celebrar o Dia Nacional do Fusca, comemorado em 20 de janeiro, data que marca o início da produção do modelo no Brasil, em 1959, o especialista Motul ajuda o motorista a escolher o óleo certo para seu veículo antigo. A marca ressalta que o Fusca, assim como outros veículos clássicos, precisa de um lubrificante de alta proteção contra desgastes que seja compatível com selos, juntas e outros metais comuns ao motor clássico.

“A maioria dos carros antigos necessitam de lubrificantes com alta viscosidade porque apresentam maiores folgas se comparados aos modelos modernos”, afirma Rafael Recio, gerente de Produto e Suporte Técnico da Motul Brasil. “Os veículos clássicos foram desenvolvidos para operar com lubrificante formulado totalmente ou parcialmente com óleo básico mineral e, a fim de manter a originalidade do projeto, é essencial aplicar um óleo com o mesmo perfil que respeite selos, vedações e outros materiais originais.”

De acordo com Recio, como o manual do proprietário indica o uso de lubrificantes obsoletos, se torna complexo seguir a recomendação idêntica à apresentada no tutorial. Por exemplo, em um Fusca do final da década de 70, a recomendação é utilizar um óleo com nível API SE, cuja comercialização não é mais permitida para lubrificantes convencionais, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). “O fabricante deve seguir o aviso original para viscosidade e ao menos aplicar um produto compatível com o projeto do motor, independentemente da quilometragem”, aconselha.

Recio explica que há uma grande diferença entre os intervalos adotados na manutenção preventiva de um veículo antigo e de um moderno. Para o especialista, a troca de óleo do motor dos carros atuais pode superar o período de 10 mil quilômetros ou um ano, enquanto que, nos clássicos, como o Fusca da década de 60, esse período deve ser de 2.500 quilômetros ou, no máximo, seis meses. “É indispensável que o proprietário esteja atento aos prazos porque o processo de oxidação do lubrificante ocorre mesmo que a quilometragem não seja atingida.”

Mesmo um automóvel de coleção deve ser colocado, regularmente e sempre que possível, nas ruas para manter o funcionamento, com as peças lubrificadas. “Em muitos casos, é conveniente deixar o motor funcionando por um tempo para assegurar que a lubrificação seja ideal para o aumento da vida útil do motor”, orienta Recio. “É uma maneira de o dono do veículo evitar danos e aproveitar o momento para ficar atento a qualquer anormalidade de funcionamento antes de sair com o carro.”

Se ficar por um longo tempo em repouso ou hibernação, o automóvel precisará de manutenção diferenciada e produtos adequados, esclarece Recio. O filme lubrificante, por exemplo, deve ter capacidade superior de adesão para que perdure por mais tempo, mesmo que o motor fique em repouso, sem a circulação do óleo. “Esse cuidado garante proteção contra a corrosão e uma partida eficaz após o período de inatividade”, aponta o especialista.

 

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