Saiba quais são as principais dúvidas sobre velas aquecedoras

Especialista destaca sinais de problemas e melhores práticas para manutenção e troca desses componentes

No universo dos motores a diesel, as velas aquecedoras desempenham um papel fundamental ao tornar as partidas a frio mais suaves e garantir um funcionamento mais seguro do veículo. Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da Niterra do Brasil, lista as cinco principais dúvidas a respeito desses dispositivos:

1 – Aplicação: projetados de acordo com o sistema de partida a frio do veículo ou o motor, esses componentes podem variar entre as montadoras e conforme as normas de emissões de poluentes e o tempo de aquecimento. Portanto, é essencial selecionar as velas adequadas para o veículo levando-se em consideração essas variáveis;

2 – Tempo de aquecimento: as velas aquecedoras mais antigas tinham um tempo de aquecimento mais longo que, em muitos veículos, era indicado por uma lâmpada no painel. Nos sistemas mais modernos, o tempo de aquecimento está reduzido para aproximadamente 3 segundos, o que torna a partida mais rápida e elimina a necessidade de esperar;

3 – Temperatura de aquecimento: ela pode variar de acordo com o tipo de sistema de partida a frio. Modelos antigos atingem cerca de 800°C, enquanto os cerâmicos mais modernos podem chegar a aproximadamente 1.300°C, facilitando partidas a frio;

4 – Durabilidade: ao contrário do que ocorre com outros componentes do veículo, a durabilidade das velas aquecedoras não é medida em quilometragem, mas em ciclos de acionamento. Dependendo do veículo, esse ciclo pode ser igual ao número de partidas. Nos modelos mais novos, a durabilidade depende do acionamento do sistema – se o motor estava frio o suficiente para exigir o aquecimento ou não;

5 – Tensão: as velas aquecedoras podem operar em duas tensões principais: 12 volts ou 24 volts. Convém notar que algumas são marcadas com tensões não convencionais, como 4,3 volts ou 4,4 volts. Nesses casos, a tensão indicada refere-se à média do sistema de controle por largura de pulso (controle PWM) – não a uma alimentação direta da bateria, que pode queimar a vela aquecedora.

Além dos pontos destacados acima, é importante considerar que as velas aquecedoras devem ser trocadas tendo em vista os ciclos de acionamento. No entanto, sinais como dificuldade de partida a frio, alto nível de emissões de fumaça branca na partida a frio e acendimento de luz de avaria nos veículos mais novos indicam que os componentes podem estar apresentando problemas.

Segundo Hiromori, algumas atitudes devem ser tomadas pelo mecânico no momento da substituição do conjunto das velas aquecedoras, como limpar seu alojamento – existe uma ferramenta específica – e verificar o estado e o correto funcionamento do sistema de partida a frio e a bateria.

“As velas aquecedoras podem variar de forma (comprimento, diâmetro, projeção), tensão de trabalho (12 volts ou 24 volts), tecnologia de fabricação (metálica ou cerâmica) e, principalmente, em relação ao sistema de partida a frio”, explica Mori. “Para que o mecânico não tenha dúvidas quanto ao produto certo que deve ser aplicado, ele pode consultar a tabela de aplicação da NGK fornecida em nosso site www.ngkntk.com.br.”

 

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