Serviço: dicas para “salvar sua negociação” na hora de comprar um carro usado

De acordo com dados da Fenabrave, a cada veículo zero km vendido no Brasil, cinco carros usados são comercializados. Em época de crise econômica, veículos seminovos, com até três anos de uso, em bom estado e com novas tecnologias embarcadas, se tornaram o “sonho possível” dos brasileiros. Com tanta oferta de carro usado, não é difícil se deparar com valores muito altos, carros em estado ruim de conservação ou até mesmo ofertas falsas, levando o interessado para uma emboscada.

Para comprar um veículo usado com o melhor custo-benefício (valor x conservação), Mauricio Tilhe e Marcus Vinicius Martins, fundadores do site www.vendabemseuusado.com, consultoria que atua ponta-a-ponta na venda de veículos, visando trazer maior segurança e evitar armadilhas na hora de comprar um carro diretamente de um vendedor particular, trazem algumas dicas sobre o que ficar atento ao analisar uma oferta.

1) Observar detalhes na lataria do carro: não é preciso ser um especialista para perceber alguns pontos que podem ser indicativos de que o carro foi bem cuidado ou não. Fique atento a mudanças de tonalidade na pintura, ou ondulações na lataria. Procure pequenas diferenças de largura entre as frestas das portas, mala ou do capo, e o restante da lataria. Abra a mala e a frente do carro e observe por dentro se há indícios de terem sido contorcidos. “Todos esses pontos são fáceis de serem visualizados e podem facilmente demonstrar que o veículo sofreu algum acidente mais grave no passado” afirma Mauricio

2) Manutenção do carro: para os veículos com até 3 anos de idade, em geral, as revisões são realizadas em concessionária, para manter a vigência da garantia. Nesse caso, peça o manual do carro para checar se todas as revisões estão em dia. Carros mais antigos podem exigir uma checagem diretamente no veículo. A maior parte dos equipamentos e funcionalidades de um veículo podem ser facilmente testadas ou verificadas de forma bem simples, tais como retrovisores elétricos, ar condicionado, bancos de couro e bancos elétricos ou com aquecimento, travas e vidros elétricos, luzes do painel, estepe, dentre outros. É importante também ligar o carro e deixa-lo funcionando por alguns minutos e checar temperatura ou fumaça no escapamento. Outras partes, tais como pneus, amortecedores, bateria, correia dentada e freios, possuem a informação do tempo útil de vida ou quilometragem no manual, e, nesse caso, basta pedir comprovantes ou recibos das trocas realizadas. Por último, observe se o veículo apresenta ruídos, trancos ou solavancos no motor, na direção e na caixa de marcha – nesse caso, é melhor contar com a opinião de um mecânico profissional.

3) Encontro com o vendedor: esse é um ponto delicado, pois tanto vendedor quanto você certamente estarão preocupados com a segurança. Não deixe de pesquisar com antecedência o perfil do vendedor, perguntando o nome completo, onde trabalha e em que bairro mora. Utilize também as redes sociais para fazer algum tipo de verificação em relação à pessoa. Outro ponto muito importante é evitar ir sozinho e à noite. “Recomendamos encontros a luz do dia, sempre em pontos de grande circulação, como estacionamentos de shopping ou supermercados. Evite marcar em locais remotos, ou na casa do vendedor, mesmo que o ele se justifique dizendo que mora na região há anos”, explica Marcus Vinicius.

4) Dê aquela voltinha antes no carro: esse pode ser um pedido um pouco desconfortável para quem está vendendo o carro. Por outro lado, é a melhor oportunidade para quem compra – a hora ideal de checar ruídos, trancos ou desalinhamentos. “Se for um modelo que nunca dirigiu, o primeiro benefício do test drive é checar o seu conforto ao volante. Outro ponto importante é verificar a embreagem: se o pedal estiver muito firme ou duro, a despesa para conserto será elevada e precisa ser negociada no valor final do carro. Engates de marcha devem ser simples, sem folgas ou ruídos estranhos, o mesmo valendo para mudanças em câmbio automático. Procure verificar também o alinhamento da direção, que não deve apresentar solavancos ou ruídos. Outros pontos importantes são a temperatura do veículo e o silêncio interno”, diz Marcus Vinicius.

5) Negocie o valor final: o ideal é pesquisar alguns carros antes de fazer uma oferta final. Contudo, caso encontre as condições ideais, negocie para evitar perder o negócio, principalmente se o perfil do vendedor trouxer mais tranquilidade para você. “Se você tomou todos os cuidados ao checar o carro, desde a lataria, manutenção, documentação, até o perfil do vendedor, então não perca tempo. Faça uma oferta justa e compre seu novo carro usado antes que outra pessoa faça isso em seu lugar” afirma Mauricio.

 

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