SuperBike Brasil: Regina Lewis, a “mamis” que adotou uma equipe

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O SuperBike Brasil não poderia se esquecer delas no último domingo, dia 8 de maio, data tão especial para as “mamis”. Com seu carinho e amor incondicionais, as mães são figuras únicas na vida de todos nós. Elas nos educam, nos instruem, ensinam os primeiros passos e também a como superar os obstáculos que invariavelmente nos alcançam. Elas compreendem nossas fraquezas e perdoam nossos erros. E como característica primordial de toda mãe, angustiam-se ao verem seus filhos sofrerem. Desde muito cedo elas aprenderam a conviver com a angústia. Acostumaram-se a ver seus filhos acelerando sobre duas rodas, sempre em busca de superar limites, quebrar recordes e por vezes algum braço ou perna devido a uma queda.

E como seria impossível falar de todas elas, escolhemos uma mãe que representa muito bem esse sentimento descrito acima e que desde cedo aprendeu a conviver com as incertezas impostas por um esporte de risco.

42 anos, aceitou ainda bem jovem esta missão de vida de aguardar ao lado de fora das pistas enquanto seu filho acelera a quase 300 km/h nas retas. Regina é mãe de Danilo Lewis, piloto de 23 anos que disputa a SuperBike, principal categoria do SuperBike Brasil. Matriarca de uma grande família, ela sempre viveu com crianças em casa. Ao lado do seu esposo, Carlos Eduardo Da Silva, chefe da equipe Tecfil Racing Team, Regina cuida dos seus seis filhos: Douglas, 25, Danilo, 23, Carlos Eduardo, 20, Vitória, 13, Gabriela, 12, Gabriel, 6, e ainda abriu espaço em seu coração para adotar mais um, Leandro, 14 anos.

Natural de Osasco, cidade onde reside, Regina venceu os medos de ver seu pequeno Danilo, com então 11 anos, iniciar seus primeiros passos na carreira de piloto. E neste momento tomou uma importante decisão: acompanharia de perto a trajetória do filho. “Eu aprendi a gostar do esporte e preferi encarar de cara e coração. Sempre vou às corridas”, conta. E continua: “De início não gostei tanto dessa ideia. Porém, como o Carlos sempre frequentou as corridas e eu ia junto, o susto não foi tão grande, afinal, o Danilo acabou conhecendo o esporte por nossa causa”, completa.

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Ciente dos todos os riscos inerentes a um esporte de velocidade e alto desempenho, Regina utiliza de sua fé para amenizar suas angústias e reza para que nada aconteça ao seu filho e nem aos demais pilotos. “Fico muito aflita. Muitas vezes choro. E só Deus ouve minhas orações. Em todas as corridas é a mesma coisa: angústia, choro, coisas de mãe. Entretanto, às vezes me controlo mais do que todo mundo. Seguidamente acalmo minha nora e digo que Deus está protegendo o nosso Danilo”. E para que nada de ruim aconteça, Regina segue, religiosamente, o mesmo ritual quando seu filho vai para pista. “Antes de qualquer treino ou corrida eu lhe digo ‘boa sorte’ e peço a Deus para que o proteja e lhe dê sabedoria”, conta.

E com um imenso coração de mãe, Regina adotou todos os integrantes da equipe Tecfil e faz a sua parte ajudando no pode durante as provas. No papel daquelas mães antigas, soberanas em suas casas, Regina se encarrega de cozinhar e prepara a comida para os mecânicos e pilotos nos dias de treino e corridas. “É um prazer poder ajudar de alguma forma. Eu adoto todos como mãe, porque sei que muitas das mães queriam estar presentes vendo seus filhos correrem, porém, o trabalho delas, por vezes, não permite. Nessa parte sou privilegiada”, diz.

 

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