Tecnologias de rastreamento protegem e reduzem custos operacionais

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Quando se fala em rastreamento e monitoração, muitas vezes tem-se uma visão apenas parcial das soluções oferecidas. Entretanto, essas tecnologias vão muito além da simples localização do veículo, e podem ser aplicadas em diversos mercados.
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Para exemplificar, Obson Cardoso, diretor da Unidade de Rastreamento da Pósitron, lista os diferentes nichos que os dispositivos podem ser utilizados:

Obson Cardoso
Obson Cardoso

Veículos de passeio: neste caso o foco é a proteção e recuperação do casco, tanto de veículos de indivíduos e famílias, quanto de pequenas empresas. Utilizam-se, geralmente, equipamentos de localização, que mostram em tempo real onde o automóvel está, e rastreamento e monitoramento online, com histórico de posições e visualização por meio de mapas.
Veículos pesados: os pesados recebem as mesmas tecnologias dos leves, além do uso de dados do veículo como fonte de informação, processo chamado de telemetria – que significa “medir à distância”. “Com essa solução, é possível fazer o monitoramento da frota, por meio de uma comunicação sem fio e diferentes sensores, possibilitando a redução de custos da operação e gerando mais produtividade para a empresa”, explica o executivo.
Além disso, caminhões também usam tecnologias especiais para segurança da carga.
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Soluções para a carga: devido ao aumento no número de roubo de cargas, esse é um dos nichos que mais vem crescendo no mercado brasileiro de rastreamento e monitoração. Para proteger a carga, o veículo pode ser equipado para a abertura de porta, violação de painel, de engate, de porta e trava de baú, trava de 5ª roda, entre outros.
Com o rastreador também é possível explorar a inteligência embarcada, que é a capacidade de processamento e lógica do módulo. O aparelho identifica os sinais pelos sensores e fundamenta suas decisões de forma autônoma, obedecendo a uma lista de regras de segurança programadas anteriormente.
Abaixo estão algumas funcionalidades da inteligência embarcada, que aumenta a segurança do condutor, da carga e do veículo:

  • Pontos de controle: áreas geográficas circulares com perímetro delimitado. Quando os limites previstos são ultrapassados pelo veículo, o cliente é notificado por e-mail, ou pode ocorrer o bloqueio do motor.
  • Cercas eletrônicas: mesma função dos pontos de controle, porém com cercas poligonais, que, para prevenir riscos, determinam os espaços que podem ou não ser acessados.
  • Sequenciamento automático de rotas: de forma simplificada e automática, roteiriza as entregas e coletas de cada viagem, programando a data, horário e local de cada uma delas. “Com isso, é possível ter maior precisão nos tempos de chegada do veículo ao destino e gerir paradas em pontos não planejados”.
  • Macros e Regras de Segurança: regras personalizadas, programadas previamente, que permitem que o rastreador notifique as seguintes infrações: velocidade limite excedida no seco ou na chuva, abertura de portas em local ou horário proibidos, uso do freio de serviço e motor, aceleração e freadas bruscas, bloqueio de motor e travas, acionamento de alarme, etc.

Outro tipo de equipamento que vem ganhando cada vez mais espaço são os rastreadores móveis ou portáteis, conhecidos como iscas de carga. Tratam-se de aparelhos que podem ser acondicionados dentro de caixas, bagagens e embalagens em geral, sem necessidade de instalação. Além da comunicação GSM, as iscas também utilizam a tecnologia radiofrequência como redundância.
Controle de Frotas: para atuar neste nicho, é necessário disponibilizar ao cliente uma ferramenta que permite gerenciar de forma integrada e concomitante todos os seus veículos. Essa ação otimiza sua utilização e reduz custos com a operação. As soluções para este mercado envolvem, por exemplo, o envio de alertas de manutenções e pagamentos: impostos, multas, abastecimentos, entre outros.
Obson explica que neste cenário, também é possível controlar as informações dos motoristas, como: agendamentos, exames periódicos, controle de multas e gastos, cursos adicionais, e controle de dados da CNH (como pontos na carteira e prazo para renovação).
“Muitas vezes, algumas operações não podem ficar sem o rastreamento, mesmo em áreas sem cobertura GSM. Nesses casos, se utiliza a comunicação satelital, em que o veículo recebe e envia informações diretamente para satélites na órbita”.
Controle da Jornada de Trabalho: sancionada este ano, a lei conhecida como “Lei dos Caminhoneiros” ou “Lei dos Motoristas” estabelece períodos mínimos de intervalo e folga para condutores, com penalizações para empresas que não cumpram essas determinações. Com isso, grandes frotistas utilizam um software que controla o tempo de direção e paradas, assegurando o cumprimento de direitos e deveres tanto do empregador como dos motoristas.
Revendedoras e Distribuidoras de Gás: além do rastreador, esse mercado conta com sistemas de gestão de entregas. Por meio do mapeamento das áreas geográficas e integração com sistemas do cliente, é possível determinar o entregador mais próximo e realizar o abastecimento do estoque do veículo de forma mais eficiente. O equipamento define automaticamente as rotas, o que minimiza o tempo de entrega e aumenta a produtividade. Além disso, o dispositivo pode enviar SMS ao profissional com dados do pedido e do cliente, gerando muito mais confiabilidade.
Usinas e Agronegócio: Com uma integração, o sistema permite importar os mapas próprios que as usinas têm de suas fazendas, possibilitando rastrear e monitorar as máquinas agrícolas.
“Além disso, é possível automatizar e contabilizar o tempo de permanência dos veículos em cada estágio do ciclo de plantio ou colheita, identificando gargalos nos processos e aumentando a produtividade da operação”, conclui.

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