Zélia Dunker e Liniker, atrações do projeto Seguindo a Canção

O projeto entende que a graduação vai além do estudo técnico e consiste numa série de cinco programas com a participação de dois artistas em cada, batendo um papo mediado por um dos professores da Faculdade e tocando algumas de suas principais canções, além de músicas que marcaram a história do País

Casa Natura Musical e o Descomplica se uniram em uma parceria de conteúdo inédita que celebra grandes artistas, grandes canções e o poder transformador da música em episódios mensais. Após a primeira edição, com MC Tha e Leci Brandão, o projeto continua dia 13 de setembro, domingo, às 20h, com a veiculação no Youtube da Faculdade Descomplica de um bate-papo entre Zélia Duncan e Liniker mediado pela professora da Faculdade Descomplica Amara Moira.

O ponto de partida de cada programa é uma grande canção brasileira e a temática abordada por ela, mas a ideia é que as trocas musicais e de histórias inspiracionais aconteçam de maneira fluida e acabem levando a audiência por uma viagem pela cultura e contexto político de outras épocas e pelas mais diferentes regiões e realidades sociais.


O verso que norteia a conversa entre Zélia e Liniker é “Mas esse ano eu não morro”, extraído da canção Sujeito de Sorte (1976), de Belchior, e revisitada por Emicida em 2019 na música AmarElo, que tem ainda participação de Majur e Pabllo Vittar. As artistas conversam sobre como a música é uma ferramenta de luta e representatividade para a comunidade LGBTQ+, responsável por levantar questões centrais desses debates antes mesmo da consolidação do movimento no País.

O cantor Johnny Hooker também foi lembrado durante a conversa, especialmente pela música Flutua – que canta em parceria com Liniker – cujo refrão traz o verso “Ninguém vai poder querer nos dizer como amar”, utilizado amplamente pela comunidade LGBTQ+ na luta por direitos iguais.

“Nesta primeira temporada do Seguindo a Canção, trouxemos o diálogo entre artistas de diferentes gerações e gêneros musicais, que têm em comum a busca por igualdade e diversidade em seus discursos e através de suas obras”, conta Michelly Mury, responsável pela curadoria do projeto.

No encontro online, as artistas mesclam músicas recentes com clássicos de sua carreira, como Sentidos (Zélia Duncan) e Zero (Liniker), além de conversarem sobre a decisão de se tornarem artistas e os principais desafios vividos até hoje – com destaque para o momento de transição de Zélia Cristina para Zélia Duncan e também a carreira solo de Liniker, sem os Caramelows.

Amara Moira, doutora em literatura, escritora e professora transexual, conta suas sensações ao receber relatos de alunos sobre a importância dela em suas vidas e abre espaço para que Zélia e Liniker contem sobre como encaram o impacto que provocam na vida de seus fãs.

 

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