Especialista explica alguns fatos e desvenda mitos sobre o componente que é essencial para o controle de emissões tóxicas veiculares
Item obrigatório do sistema de exaustão de um veículo desde 1997, o catalisador, é uma capsula que contém um substrato, metálico ou cerâmico, com elementos ativos, como os metais preciosos Paládio, Ródio e Platina, que promovem a conversão dos gases nocivos resultantes da combustão no motor, transformando-os em água, gás carbônico e nitrogênio. Entretanto, mesmo após muitos anos, muitas dúvidas ainda surgem junto aos motoristas. Com isso, a Umicore, empresa especialista em tecnologias para redução de emissões tóxicas, explica os principais questionamentos.
Mitos e verdades
• Catalisadores garantem a eliminação de 98% dos gases poluentes que saem do motor
Verdade. O catalisador tem a função de converter até 98% dos gases poluentes, provenientes da combustão, como hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOx) em substâncias inofensivas à saúde humana.
• Luz da injeção eletrônica acesa no painel indica falha direta no catalisador
Mito. Caso a luz da injeção eletrônica acenda, representada pelo desenho de um motor amarelo, é preciso verificar não só problemas no sistema de escapamento, como o catalisador ou o sensor de oxigênio, mas também no sistema de alimentação do motor, como defeitos nas velas, nos cabos de velas, bobinas e bicos injetores. Para isso, é preciso realizar o protocolo OBD, ou diagnóstico a bordo, que vai auxiliar na identificação do código do item que apresenta falha.
“Os veículos já são dimensionados para utilizarem o catalisador, que depende de outras peças para funcionar apropriadamente. Por isso, é essencial realizar a correta manutenção e uma revisão a cada 10 mil quilômetros ou conforme descrito no manual do fabricante. O uso de combustível adulterado e óleos lubrificantes inadequados ou de má procedência são outros fatores que podem comprometer sua eficiência e durabilidade”, explica Stephan Blumrich, vice-presidente e diretor da Umicore.
• Remover o catalisador aumenta a potência do veículo
Mito. A remoção do catalisador, além de não deixar o carro mais eficaz, traz problemas ao veículo. A sua retirada desregula o sistema de injeção eletrônica e a contrapressão do sistema de escapamento. Poderá haverperda de rendimento do motor, gasto adicional de combustível, desgaste precoce de peças e excesso de ruídos.
“Sem contar o fato de que a partir do momento em que o catalisador é retirado, os gases tóxicos não são convertidos e as emissões aumentam em cinco vezes, fazendo com que o veículo polua e agrida o meio ambiente e o ar que respiramos consideravelmente mais”, explica Blumrich.
• Não é preciso fazer inspeção veicular se ela não é obrigatória
Mito. Dada à importância da peça, o catalisador deve estar entre os itens de inspeção e manutenção regular do veículo, já que pode apresentar falhas e não funcionar de modo correto, em virtude da má qualidade do combustível e da falha de outros componentes, como por exemplo, itens do sistema de ignição. Por isso, a inspeção veicular é essencial para este diagnóstico.
“O catalisador é projetado para ter uma vida útil de, no mínimo, 80 mil quilômetros, e os motoristas devem tomar algumas atitudes para não comprometer a durabilidade quanto o funcionamento do componente. Novamente, é importante reforçar a atenção à qualidade do combustível, a necessidade de revisões periódicas e de inspeção veicular anual. É bom para o bolso do motorista e o meio ambiente agradece”, finaliza o executivo da Umicore.