Avaliação: Renault Captur 1.6 SCe Zen MT, uma boa opção

O Renault Captur chegou ao mercado no início desse ano como uma proposta aos seus clientes que almejavam por mais sofisticação em um SUV e com design moderno e diferenciado. Hoje, seis meses após seu lançamento, é possível ver que o modelo caiu no gosto do público e vê-se pelas ruas um número bem razoável do modelo. Uma das opções oferecidas é a Zen, equipada com o bom e novo 1.6 SCe e com a alternativa de contar com o câmbio manual de cinco marchas, principalmente para aqueles que, como eu, gostam de “cambiar”.

As linhas do novo Captur seguem a nova identidade visual da Renault e são assinadas pelo Technocentre da Renault, na França, em parceria com o Renault Design América Latina (RDAL), o único estúdio de desenho e estilo da marca no continente americano, localizado em São Paulo.

Suas dimensões são:  4.320 mm de comprimento, 1.810 mm de largura, 1.610 mm de altura, 2.670 mm de entre-eixos, 212 mm de altura livre do solo, e ângulo de entrada de 23° e de saída de 31º. O porta-malas é o maior entre seus concorrentes e tem capacidade para 437 litros.

O Captur traz um novo quadro de instrumentos. Associa um velocímetro digital e displays em formato de meia-lua de cada lado. O computador de bordo digital é visualizado logo acima do conjunto.  Também é de série o controle de simples toque para abrir e fechar todos os vidros. Até mesmo o rebatimento dos espelhos laterais faz parte do pacote básico. O banco do motorista tem ajuste de altura manual. E o volante conta apenas com ajuste de altura. Faltou, entretanto, o ajuste de profundidade. O modelo também conta com 12 porta-objetos, localizados nos painéis das portas, console central, painel de bordo e porta-luvas.


O Captur é o único no segmento com chave tipo cartão que possibilita a ignição com a presença do cartão no interior do veículo. Já a abertura e o travamento das portas e do porta-malas acontecem por aproximação ou afastamento, sem necessidade de tocar no cartão.

A direção é tipo eletro-hidráulica com esforço variável. Ou seja, o fluxo de óleo é gerenciado por uma bomba elétrica, que atua de forma independente em relação à velocidade do motor. A necessidade de assistência é determinada com base na velocidade do veículo. Quando a assistência não é necessária, a bomba elétrica é desativada temporariamente.

A versão avaliada, a Zen, traz  também conta de série, mesmo com câmbio manual, com o controle de velocidade de cruzeiro (cruise control), que pode atuar como limitador de velocidade. O sistema é ideal ao conduzir por uma zona de velocidade controlada.

O Captur Zen traz o novo motor 1.6 – 16 válvulas SCe. Esse motor entrega até 120 cv a 5.500 rpm com etanol, ou 118 cv a 5.500 rpm com gasolina. Em torque, são 16,2 kgfm a 4.000 rpm seja com etanol ou gasolina. Vale destacar que 90% do torque do motor 1.6 SCe já é oferecido a 2.000 rpm. Quando equipado com o motor 1.6 – 16V, o SUV recebe uma transmissão manual de cinco marchas, que “casa-se” muito bem com o motor, e de trocas bem suaves.


O Captur traz ainda o sistema Energy Smart Management (ESM) de regeneração de energia. Durante a desaceleração do carro, quando o motorista retira o pé do acelerador, o motor continua girando sem consumir combustível. Nesse momento, o alternador automaticamente passa a recuperar energia e enviá-la para a bateria, que aumenta sua carga sem consumo de combustível. Durante a aceleração, o alternador não precisa “roubar” energia do motor para enviar à bateria, já que houve a carga na desaceleração.


Ainda com foco em economia de combustível, o modelo conta com a função Eco Mode, que é ativada por um botão localizado logo abaixo da alavanca de câmbio. Por meio desta função podem ser alterados padrões de uso e otimizado o consumo de combustível, com uma economia de até 10%.


Como complemento, o indicador de troca de marcha (GSI) avisa qual é o momento indicado para mudar de marcha, conforme a condição de condução, rotação do motor e posição do pedal do acelerador.


Nos dados divulgados pela Renault, o Captur Zen 1.6 manual acelera de 0 à 100 km/h em 11,9 segundos. Isso faz com que o modelo seja ágil no uso urbano. Aliás, nessa condição, o motorista não vai sentir falta de um desempenho melhor.

Já na estrada, a situação é outra. A velocidade máxima (com o veículo vazio) é de apenas 169 km/h. Usar o veículo carregado, e em estradas de serra, exige muita calma e paciência do motorista. Essa versão 1.6 litro não é indicada para esse tipo de situação. Gostou? Você vai pagar pelo Renault Captur Zen 1.6 manual a bagatela de  R$ 78.900.
Ficha técnica

Motor   Dianteiro, transversal

Número de cilindros: 4 cilindros

Número de válvulas:16 válvulas

Combustível: Flex (gasolina ou etanol)

Cilindrada (cm³): 1 597 cm³

Potência (cv): 120 cv (E) / 118 cv (G) a 5 500 rpm

Torque (mkgf): 16,2 mkgf (E/G) a 4 000 rpm

Câmbio: Manual, cinco marchas

Tração: Dianteira

Suspensão dianteira: Independente, tipo McPherson

Suspensão traseira: Eixo de torção

Direção Eletro-Hidráulica

Rodas: Liga leve, 17

Pneus: 215/60 R17

Comprimento: 4.320 m

Largura: 1.810 mm

Altura: 1.610 mm

Distância entre-eixos: 2.670 mm

Porta-malas:      437 l

Tanque: 50 l

Peso em ordem de marcha (kg): 1 273 kg

 

Texto e avaliação: Joka Finardi

Fotos: Edu Nabuco

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