Como único contato com a pista, cuidar da manutenção dos pneus é essencial para aumentar a segurança e vida útil do veículo
Com os recentes reajustes nos preços dos combustíveis no país, o pneu pode ser um grande aliado na economia, tanto para carros de passeio como para veículos comerciais. O modelo adequado e com manutenção em dia ajudam os motoristas a economizar enquanto rodam e na conservação do próprio carro, além melhorar a segurança nas vias. O checklist do pneu é um cuidado que deve ser semanal, não apenas para os momentos de viagem. Vamos lá?
O primeiro passo é saber se os pneus estão devidamente calibrados, informação que consta no manual do veículo ou em plaquinhas na porta dianteira ou na portinhola do tanque de combustível. Um pneu com a pressão inadequada está em maior contato com o solo, aumentando o atrito e a força necessária para mover o veículo, gastando mais combustível e sofrendo desgaste irregular. Confira a calibragem dos pneus a cada semana e, de preferência, com os pneus frios– carrosem rodar há uma hora ou tendo percorrido uma distância curta, de no máximo 5km– pois um pneu “quente” pode alterar o resultado.
Também lembre de conferir a calibragem do estepe, que costuma ser diferente dos outros. Porém atenção: pneus com muita pressão afetam a estabilidade do veículo, dificultando a frenagem e facilitando derrapagens ou perdas de controle. Então não ultrapasse a pressão indicada no manual.
O alinhamento do carro é outro ponto importante, pois um carro “puxando” mais para um lado necessita de maior força do motor – e desgaste do motorista – para manter o rumo. É recomendado conferir o alinhamento a cada 6 meses ou 10 mil quilômetros, o que vier primeiro de acordo com o uso do carro. Rodízio de pneus é outra medida que pode ser observada neste mesmo intervalo de tempo, alternando os dianteiros com traseiros para manter um equilíbrio nos pontos de desgaste e aumentar a vida útil dos pneus.
Outro ponto essencial é usar os pneus corretos para o seu carro. Um pneu fora da medida pode afetar a segurança, componentes do veículo e consumo de combustível. No manual do carro estão disponíveis as medidas do pneu e sugestões do fabricante. As medidas costumam ser definidas por código, por exemplo, uma medida popular é de “185/65R15”, ou seja: 185 corresponde a largura da banda de rodagem em milímetros; 65 é o percentual de altura em relação à banda de rodagem; R corresponde à construção radial e 15, neste caso, ao aro da roda.
O ideal é o veículo seguir os padrões de fábrica e, em caso de alteração, ter a avaliação de um profissional.
Além da economia de combustível, o pneu é de extrema importância na segurança dos carros enquanto único ponto de contato entre o veículo e a estrada. É preciso conferir o estado de conservação, se há ressecamento ou qualquer avaria que possa prejudicar seu desempenho.
Inclusive, não é preciso esperar que o pneu fique completamente careca para executar a troca, basta prestar atenção aos sulcos na banda de rodagem. A mínima altura permitida por lei é 1,6 milímetros em relação à banda de rodagem, deixando uma pequena elevação. A marcação do TWI (Tread Wear Indicator) indica a altura mínima, nivelando o desgaste.
Assim, você evita derrapagens, falhas durante as frenagens ou perca de aderência em curvas e mudanças de direção e assegura a integridade sua e do próximo. Em caso de danos laterais ou na própria banda de rodagem com mais de 6 milímetros, também é recomendado que se troque o pneu. A forma como se dirige, como muita aceleração e freadas bruscas, contribui para o desgaste do pneu e também a queima de combustível, portanto, o motorista deve avaliar seus hábitos de condução.
