Stock Car terá coleta de óleo lubrificante usado

O resíduo será coletado pela Lwart Soluções Ambientais e passará pelo processo de rerrefino, voltando para a cadeia em forma de óleo básico de alta performance

Maior evento do automobilismo brasileiro, a Stock Car Pro Series anuncia que a Lwart Soluções Ambientais será a responsável pela coleta de óleo lubrificante usado pelos carros de todas as equipes em todas as etapas. O resíduo gerado na temporada 2023 passará pelo processo de rerrefino, voltando para o mercado em forma de óleo básico de alta performance. A iniciativa, dada a abrangência e, acima de tudo, o compromisso com a sustentabilidade, posiciona a categoria como um case de economia circular.

O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido como OLUC, é um resíduo perigoso presente em motores de automóveis e industriais que deve ser separado e gerenciado de forma adequada. A legislação brasileira* determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a reciclagem, por meio do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível, destinação para queima ou para quaisquer outros fins. Para se ter uma ideia, segundo a AMBIOLUC, entidade que representa o setor, um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. Além disso, para cada 10 litros queimados são gerados 20 gramas de metais pesados, segundo dados da Cetesb.

Responsável por toda logística de coleta do resíduo e destinação correta, a Lwart Soluções Ambientais é uma empresa 100% brasileira que tem em seu DNA a transformação de resíduos. A parceria com a Stock Car já aconteceu no passado, mas desta vez será muito mais abrangente.

“É um projeto desafiador, por conta da complexidade logística, mas ao mesmo tempo muito gratificante ver o comprometimento da maior modalidade do automobilismo brasileiro na causa da economia circular. A coleta responsável e segura do óleo e a destinação correta dele, o rerrefino, contribuem para a preservação do meio ambiente. E, claro, contribuem diretamente no compromisso da Stock Car com a sustentabilidade”, afirma Rodrigo Maia, Diretor de Coleta e Logística da Lwart Soluções Ambientais.

“A sustentabilidade é um dos assuntos mais importantes que temos em pauta na sociedade e é vital para a Stock Car ter uma parceira especializada como a Lwart responsável pelo rerrefino do óleo que utilizamos em nossas corridas”, resumiu Fernando Julianelli, CEO da Vicar, organizadora da Stock Car. “Vale destacar que esse projeto é importante não apenas pelo fato de garantirmos, através da Lwart, o destino correto do nosso óleo, mas também pelo exemplo e divulgação de atitudes responsáveis nesse campo, junto do público e todos os envolvidos nos nossos eventos”, conclui.

O projeto prevê a instalação de tambores próximo aos dos boxes das 16 equipes, para a coleta do óleo gerado pelos carros de 34 pilotos, em todas as etapas, tanto nos treinos quanto nas provas.

A cada fim de semana de corrida, esse resíduo coletado é devidamente armazenado e transportado por um caminhão específico para esse tipo de transporte e levado à fábrica da Lwart localizada em Lençóis Paulista/SP, uma das plantas mais modernas do mundo para rerrefino de óleo lubrificante usado.

Desta forma, a Stock Car receberá o Certificado de Coleta de Óleo e o Certificado de Destinação Final, documentos de valor legal que asseguram a conformidade com as normas ambientais.

A Stock Car prevê 12 etapas em 2023, mantendo o já tradicional formato de duas largadas por evento – totalizando 24 corridas. A largada da temporada acontecerá no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, entre os dias primeiro e dois de abril.

Uma vez coletado, o óleo lubrificante usado passa pelo processo chamado de rerrefino, para voltar a ser óleo básico, matéria prima para produção de lubrificantes. O conjunto tecnológico de ponta presente na planta da Lwart permite que o rerrefino aproveite praticamente 100% do óleo lubrificante usado que entra no processo industrial e transforme esse resíduo em óleo básico de alta performance, com qualidade igual ou superior ao produto de primeiro refino. O óleo básico, por sua vez, vai para os principais produtores, que o aditivam e o transformam novamente em lubrificante. A partir daí o óleo volta ao mercado em forma de produtos industriais, agrícolas, automotivos e elétricos, formando assim um ciclo sustentável e infinito.

“O Brasil é um exemplo para o mundo com relação à coleta e ao rerrefino de óleo lubrificante usado”, conclui Maia.

*Resolução Conama n. 362/2005 recepcionada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) e regulamento (Decreto Federal n. 7.404/2010). Resoluções da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) n. 19 e 20, ambas de 2009 e Lei do Petróleo (Lei n. 9.478/1997).

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